O inverno se aproxima! Nesta época, é importante tomar alguns cuidados extras com a sua saúde – e o mesmo vale para os pets. As quedas de temperatura e umidade podem causar graves problemas aos bichinhos. Para que isto não aconteça, preparamos dicas para que seu animal de estimação passe confortavelmente a estação mais fria do ano.
Roedores
Roedores são animais de sangue quente, mas isto não quer dizer que eles não sentem os efeitos da queda de temperatura. Se você já passou um inverno ao lado do seu roedor, deve ter percebido que ele fica bem menos ativo, preferindo ficar quieto em um cantinho.
Em primeiro lugar, é importante manter o habitat dele longe de varandas, janelas e sacadas. Se seu roedor mora em uma gaiola, uma boa ideia é forrá-la com jornal picado, que é um ótimo isolante térmico. Quando o frio apertar, vale colocar uma lona ou cobertor em volta da grade, tomando o cuidado de deixar uma fresta para que o bicho receba ar fresco. Mas, se a moradia for um terrário, o ideal é instalar uma lâmpada quente, vendida em lojas especializadas. E não se esqueça de colocar um termômetro para controlar a temperatura, pois o calor em excesso pode levar o animalzinho à morte!
Outro cuidado é a hidratação. O inverno no Brasil costuma ser muito seco, então é importante garantir que seu pet tenha água à vontade.
Cães
Mantenha seu cãozinho aquecido. Para aqueles de pelo curto, as roupas são essenciais. Mas tome cuidado para não escolher peças muito curtas. Prefira as roupinhas com fechamento por velcro, que são mais confortáveis e fáceis de serem retiradas. Além disso, proteja o local onde o pet dorme de ventos ou correntes de ar.. Não se esqueça de forrar o espaço com um cobertor.
Outro ponto importante é lembrar que a resistência dos cãezinhos a doenças costuma diminuir no inverno. Portanto, evite deixar seu companheiro em situações que possam expô-lo a estes males. A tosa deve ser deixada para épocas mais quentes, uma vez que os pelos funcionam como isolante térmico. Se houver necessidade, faça a tosa higiênica. Além disto, a frequência dos banhos deve ser menor – especialistas falam em diminuir seu número pela metade.
Evite também sair com o cachorro nos horários mais frios, especialmente à noite e no começo da manhã. E nunca leve seu peludo para passear após o banho. Espere pelo menos uma hora (se ele já estiver totalmente seco), para evitar um choque térmico. Esta é uma situação perigosa, que pode desencadear ou agravar doenças já existentes.
Finalmente, é importante aumentar a quantidade de comida. No inverno, o gasto calórico do animal pode aumentar em até 30%, e continuar a dar a mesma porção de alimento pode criar um quadro de desnutrição.
Aves
Obviamente, as aves não têm à disposição o arsenal de roupinhas que os cães possuem. Assim, o ideal é procurar aquecer a gaiola do penudo. O mais comum – e mais barato – é manter o local protegido do vento e coberto com uma capa protetora. E não deixe a gaiola no quintal, principalmente durante a noite.
O uso de aquecedores deve ser feito com muita cautela. As aves sofrem com o tempo seco, e os aquecedores domésticos podem piorar a situação, pois retiram a umidade do ar. Uma solução é usar aquecedores com lâmpadas especiais, de cerâmica, que não deixam o ar mais seco.
E não se esqueça dos banhos! Mesmo no inverno, deixe a banheira disponível duas vezes por semana. Ela deve ser removida após o banho, para que o bicho não beba água suja.
Gatos
Por mais peludo que um gato seja, ele vai passar frio no inverno. Sendo assim, é fundamental não permitir que durma ao relento. Também procure aquecer sua caminha. Cobertores ou mesmo uma bolsa térmica são bastante indicados para os bichanos.
Muitos gatos costumam andar pela vizinhança e alguns voltam encharcados. Quando isto acontecer, seque o bicho imediatamente, para que sua imunidade não diminua. Se possível com um secador de cabelo, mas tomando cuidado com temperaturas muito quentes.
É muito comum que as “almofadas” das patinhas dos gatos rachem nos dias mais frios, por falta de hidratação, causando feridas e dor. A solução é usar um hidratante próprio, mas, converse antes com o veterinário para que ele indique a melhor opção. Dica: para evitar que o gato lamba o creme, faça a aplicação antes de dar comida. Provavelmente ele se interessará mais pelo alimento.
Répteis
O inverno é uma época de cuidados redobrados com os répteis. Animais ectotérmicos, ou de “sangue frio”, necessitam de aquecimento constante, para que seu metabolismo não baixe. Caso isto aconteça, o animalzinho pode parar de se alimentar, o que é perigoso. Há vários equipamentos disponíveis nas lojas para manter os pequenos répteis quentinhos, como aquecedores de aquário, cerâmica e pedras aquecidas.
Além do aquecimento, os répteis precisam ficar expostos à luz do sol todos os dias. Isto ativa a Vitamina D, o que mantém o metabolismo de cálcio funcionando, fortalecendo os ossos e, no caso das tartarugas, o casco. Se não houver disponibilidade de sol, é possível usar lâmpadas especiais que emitem raios similares aos solares (radiações UVA e UVB). Só tenha atenção no momento da compra pois os tipos destas lâmpadas são diferentes para répteis tropicais e de deserto.
Caio Ramos