Em um conceito geral, hérnia é quando ocorre um escape parcial ou total de um ou mais órgãos por algum orifício nas camadas de tecido que protegem a região abdominal. Além dos humanos, os cachorros também podem apresentar hérnias, inclusive a de umbigo, como veremos a seguir.
No caso dos cães, “a hérnia umbilical pode ocorrer por uma falha genética embrionária (ou seja, já nascer com a hérnia) ou quando a mãe, ao cortar o cordão umbilical com os dentes logo após o nascimento, rompe a região do umbigo”, explica Dr. Régis Patitucci, médico veterinário da clínica Stetic Dogs, de São Paulo.
Como identificar a hérnia umbilical?
“O sinal mais comum é verificar uma bolinha proeminente na região do umbigo que, normalmente, ao ser apertada com o dedo, ‘some’. Na verdade, a hérnia é uma comunicação de dentro da barriga para debaixo da pele e essa bolinha é o conteúdo abdominal”, esclarece Dr. Régis.
A gravidade do problema vai depender da dimensão da “bolinha”. Segundo o Dr. Régis, “em alguns casos, a bolinha é tão grande que uma parte de uma víscera ou as membranas que envolvem os órgãos pode escapar nessa hérnia. Nesse caso, a cirurgia é de urgência”, alerta.
Independentemente de ser do tamanho de um amendoim ou de uma bola de tênis, se você identificar qualquer alteração do tipo, leve seu cão ao veterinário para que o diagnóstico seja feito de forma precisa, já que cada caso é um caso. Apesar de existirem hérnias que não “interferem” nas atividades diárias do animal, “todas as hérnias devem ser operadas e corrigidas”, frisa o médico veterinário.
Lembrando que fêmeas que apresentarem hérnia umbilical NÃO DEVEM engravidar antes de o problema ser corrigido. Durante a gestação, a hérnia pode aumentar consideravelmente, colocando em risco a vida da mãe e dos filhotes.