Fisioterapia acaba com dores e garante qualidade de vida a animais

Uma das especialidades de saúde mais comuns para seres humanos tem conquistado cada vez mais importância no mundo animal: a medicina de reabilitação. Chamada de fisiatria/fisioterapia veterinária, consiste no uso de técnicas para tratar lesões e doenças que atingem nervos, músculos, articulações e ossos.

“Os benefícios são vários, mas o principal é a melhora na qualidade de vida do animal, tendo uma vida sem dor”, explica a médica veterinária Juliana Cristianini Reginato, especialista em fisiatria e reabilitação animal, da Vet Equilíbrio Especialidades Veterinárias (www.facebook.com/vetequilibriojau/).

Entre outros benefícios estão postura correta para evitar novos acidentes ou novas lesões, prevenção de sequelas e diminuição do avanço de doenças ortopédicas. “A fisioterapia também permite, em casos neurológicos, que um animal paraplégico ou tetraplégico volte a andar.”

A especialista afirma que o tratamento pode ser feito em animais de quaisquer tamanhos, mas que os mais comuns são cachorros, gatos e cavalos. Ela lembra que, em contraposição aos humanos, os animais são extremamente resistentes a dores e têm uma melhora muito rápida.

“A dificuldade é que nós, profissionais, temos que nos adaptar para atendê-los de uma forma que não gere medo, pois é um contato muito próximo, e nem todos são dóceis. Mas, na maioria das vezes, em poucas sessões eles se adaptam, o tratamento acaba virando parte da rotina deles e eles acabam gostando”, afirma Juliana.

Como é uma sessão?

As sessões duram, em média, de 40 a 50 minutos por animal. Nas primeiras vezes, os veterinários pedem a presença dos tutores, pois há exercícios que devem ser feitos posteriormente, em casa, e algumas adaptações e mudanças na rotina.

Entre as técnicas utilizadas estão cinesioterapia (exercícios com intensidade e duração avaliadas exclusivamente para cada paciente), massagem (vários tipos: tapotagem, acupressão e pontos-gatilho, entre outras), termoterapia, crioterapia, laser terapêutico, eletroterapia, hidroterapia (como natação e hidroesteira), fototerapia, ozonioterapia e magnetoterapia.

“As sessões podem ser feitas nas clínicas e centros de reabilitação, e até na casa dos pacientes, mas, neste caso, nem sempre é possível levar alguns aparelhos maiores para o tratamento”, afirma a especialista. “O número de sessões depende muito de como cada organismo responde, mas o resultado é visível logo na primeira, no máximo, na segunda sessão.”

 

 

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