Apesar de terem sido batizados com o mesmo nome, o Lóris sobre o qual falaremos aqui é o pássaro simpático e colorido – e não o pequeno primata de olhinhos esbugalhados que come em câmera lenta.
O Lóris parece um primo distante das nossas araras e maritacas, porém, é uma espécie exótica originária do sudoeste da Ásia e das ilhas da Oceania. Seu visual pode ser tão psicodélico quanto o de um hippie na plateia do Woodstock em 1969.
“Os Lóris são aves de pequeno e médio porte caracterizadas pela alimentação diferenciada, baseada em néctar e frutas macias. Por serem nectarívoros, possuem uma língua especializada, tendo na sua extremidade estruturas que chamamos de fímbrias. São como as ‘franjas de um tapete’ que permitem captar melhor o néctar das flores”, descreve Natalia Philadelpho Azevedo, médica veterinária especialista em animais silvestres, da empresa de consultoria VetWings, de São Paulo.
Como dito anteriormente, o “look” da espécie chama muito a atenção. “O Lóris é fascinante pela variedade e tonalidade das suas cores, que vão do preto até o arco-íris”, conta Marta Brito Guimarães, médica veterinária especialista em animais silvestres da VetWings.
São bichinhos que exigem uma alimentação balanceada e versátil. “A dieta deve ser diferenciada dos outros psitacídeos (araras, papagaios, calopistas e etc.), sendo encontradas com facilidade papas prontas para Lóris em petshops. As frutas devem ser variadas diariamente, evitando-se as cítricas”, orienta Dra. Marta.
Dedique-se na hora de prover a casa do seu Lóris e jamais o coloque para morar em alguma gaiolinha claustrofóbica. “São aves bem ativas, que precisam de espaço para se deslocar e, por isso, necessitam de viveiros grandes, que devem ser maiores em comprimento do que em altura para que a ave possa gastar mais energia”, indica Yamê Miniero Davies, médica veterinária especializada em animais silvestres, também da VetWings.
Ah! Lembrando que, se estiverem morando em uma “residência” confortável, os Lóris aumentam a família sem maiores problemas. “Eles se reproduzem bem em cativeiro quando as condições de ambiente e ninho estão adequadas”, conclui Dra. Yamê.
Eles não são lindíssimos?
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