Parar alguns minutos por dia para observar o movimento dos peixes, os detalhes da decoração e o funcionamento daquele pequeno sistema vivo pode ser um grande aliado no combate ao estresse do dia a dia. Isso é o que Luciano Amigo, dono do Aquáticus Design Aquarismo, no Espírito Santo, nota todos os dias em seu estabelecimento.
“Temos um amigo gerente de restaurante que frequentemente entra em nossa loja dizendo que veio fazer ‘higiene mental para se acalmar’”, conta. “Outras vezes, são pais que chegam aqui encaminhados por neurologistas e pediatras, com a indicação de comprar um aquário como parte do tratamento de seus filhos hiperativos”, afirma. O retorno dessas famílias, diz Amigo, é sempre muito positivo.
Localizada ao lado de um laboratório de análises clínicas em Vitória, a loja diariamente também é usada como tranquilizante natural para as crianças ainda assustadas com a agulha da coleta de sangue. “Frequentemente os pais param na frente da loja, onde temos um aquário em exposição, e logo o choro passa”, afirma o proprietário da Aquáticus.
Ele acredita que esse efeito em adultos e crianças acontece porque, além de ajudar a oxigenar o cérebro, o aquário é uma forma de levar um pouco da natureza para dentro de casa. “Ao contrário de que muita gente pensa, os peixes interagem conosco. Eles fazem uma festa na hora de serem alimentados e ainda tem peixe que aceita carinho e tudo!”, conta.
A mágica, diz o proprietário, acontece porque cada peixe se alimenta, brinca e interage de uma forma. “É ou não é relaxante observar tudo isso e dentro da sua casa?”, pergunta. No seu caso, a paixão começou ainda criança, quando ia com o pai comprar os peixinhos. Depois de adulto, passou a decorar seus aquários até perceber que era a hora de montar a própria loja.
Para quem quer testar o poder calmante desses bichinhos, Amigo diz que o primeiro passo é escolher o tamanho e o tipo de aquário que gostaria de ter em casa. “Se for de água doce, existe a opção de ser um aquário com plantas naturais ou decoração artificial, e, para cada caso, indicamos os peixes mais adequados”, diz.
Quanto ao tamanho, é melhor começar com um que tenha mais de 60 cm, indica ele, já prevendo que o interesse pode aumentar. “Sei que o fascínio pelos peixes vai crescendo, a pessoa vai querer colocar mais peixes e a capacidade do aquário não vai comportar. É aí que começa a dar problemas, o excesso de peixes pode pôr tudo a perder”, alerta.
Independentemente do tamanho, o mais importante, afirma o dono da loja, é que o aquário tenha um bom sistema de filtragem, sempre acima do volume de água do aquário. Outro ponto essencial é ficar atento às manutenções – se você não tem muito tempo, saiba que muitas lojas oferecem esse serviço.
Sobre os valores deste tipo de calmante, também não há desculpas: existem opções para todos os gostos. “Um aquário simples, de água doce e com decoração artificial, tem custo médio muito baixo. Depois que o aquário está montado, com todos os equipamentos e funcionando com os peixes, o gasto é só com ração, e muitas vezes um pote dura por mais de um mês”, diz. Se você não puder fazer a manutenção em casa, e precisar contratar o serviço, ou se preferir um aquário maior e com montagem mais sofisticada, o investimento vai aumentar.