Doenças urinárias em gatos são muito comuns e podem ser bastante dolorosas para eles. Ao contrário dos cães, os gatos não bebem muita água e sua urina é mais concentrada. Esse, de acordo com o cirurgião veterinário Leonardo Giovanetti Neto, é os principais motivos para sua vulnerabilidade a esse tipo de problema.
“Para saber se o seu gato tem alguma doença urinária, você deve prestar muita atenção aos sinais que ele pode apresentar. Porém, alguns gatos não apresentam sintomas. Então é fundamental ficar atento às mudanças de comportamento para que eles tenham tratamento no tempo correto”, explica.
As doenças urinárias em gatos mais comuns são cálculo renal (pedras nos rins), nefrite (inflação dos rins) e cistite (inflamação da bexiga). Giovanetti lembra que os sintomas das três doenças são semelhantes, então muitas vezes não sabemos qual é até o veterinário examinar.
“Para saber se o seu gato tem alguma doença urinária, você deve prestar muita atenção aos sinais que ele pode apresentar. Monitore o comportamento de seu pet no momento de urinar ou usar a caixa de areia. Caso seja uma infecção urinária, é provável que ele faça muito esforço para urinar e que elimine poucas quantidades de líquido”, diz o veterinário. “Da mesma forma, é possível que faça suas necessidades fora da caixa de areia e chore quando estiver nela. Em um estágio mais avançado da doença, pode haver sangue na urina e ele pode ter febre”.
Embora essas doenças possam aparecer em qualquer idade, segundo Giovanetti, são mais comuns quando o gato é adulto ou sofre de obesidade. As doenças urinárias também podem ocorrer em gatos que vivem em espaços muito pequenos, que se estressam facilmente ou que foram castrados.
Para diagnosticar o problema, além de analisar os sintomas, é importante levar o gato ao veterinário para que os devidos testes sejam feitos. Entre esses exames, estão o de sangue e o de urina. “O tratamento dependerá do tipo de infecção e das características do gato. Porém, na maioria dos casos, serão administrados antibióticos e medicamentos que relaxam a uretra e evitam novas obstruções nas vias urinárias”, diz.
Em casos mais sérios, o veterinário pode ter que inserir um cateter (com o animal anestesiado) para permitir que a urina flua facilmente. Em seguida, injetará líquidos via intravenosa. É provável que o animal fique internado por, pelo menos, dois dias.