Dieta dos peixes: o que é comida viva?

Quando pensamos em alimentação dos peixes, geralmente, vem em mente aquela pulverização de ração sobre a superfície da água, enquanto os peixinhos sobem para abocanhar a parcela que lhes pertence. No entanto, existe outra forma de alimentar algumas espécies de seres aquáticos com a chamada “comida viva” – já ouviu falar?

“Comidas vivas são todas aquelas ‘iscas’ muito utilizadas na pesca como fonte de captura que, nos aquários, utilizamos realmente como alimento”, esclarece Renato Leite Leonardo, médico veterinário especializado em clínica médica e cirúrgica de animais silvestres e exóticos, responsável pela empresa Doctorfish em São Paulo.

É um equívoco pensar que os peixes que vivem em aquário são todos herbívoros pelo simples fato de viverem em cativeiro. “No aquarismo, existem peixes extremamente carnívoros e predadores os quais temos que alimentar com pequenos peixes, minhocas, artémias (microcrustáceos) e outros pequenos animais que são muito utilizados como fonte de alimento”, conta o médico veterinário.

Mas não saia por aí coletando comida viva em qualquer lugar para dar para os seus peixinhos pois existem alguns cuidados na hora de prover este tipo de alimentação. De acordo com Dr. Renato, “primeiramente, atentar-se à procedência dos alimentos vivos é um dos pontos mais importantes para que possamos evitar a transmissão de patógenos bacterianos, fúngicos, parasitários e virais”, explica.

Outro ponto essencial é fornecer a quantia e tipo de comida mais adequada para cada espécie. “É muito importante saber a quantidade e que tipo de alimentos vivos devemos oferecer. Por exemplo, as artémias são um alimento muito atrativo para diversos peixes, porém é necessário saber o teor de gordura que o mesmo possui. Uma vez utilizado de forma excessiva, podemos causar problemas hepáticos que muitas vezes podem ser fatais”, alerta o especialista.

Seja responsável com seus peixinhos e sempre busque orientação sobre as características das espécies que pretende criar antes de montar o seu aquário. “É sempre muito importante procurar o seu lojista de confiança e, principalmente, um médico veterinário competente para que possa lhe orientar de forma correta e segura”, adverte Dr. Renato.

 

 

 

Por: Paula Soncela
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