Dicas para escolher um bom veterinário

Além dos atendimentos emergenciais ou de quando surge um problema de saúde, os animais de estimação precisam de idas periódicas ao veterinário para checkups. Por isso, é importante que a família conte com um bom profissional para acompanhar seu pet. 

Para fazer a melhor escolha, o primeiro passo é verificar se o profissional está com a inscrição ativa no CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária) ou no CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária) do estado onde o atendimento será realizado. Em seguida, é importante considerar a experiência do veterinário na área de atuação. 

“Ele pode ter anos de formação e ter atuado em diferentes áreas, como inspeção de alimentos, e mudado para área de clínica e cirurgia de animais de estimação por diversos motivos. Uma outra avaliação é se ele tem alguma pós-graduação na área de atuação, para aperfeiçoamento e especialização”, explica Kellen Oliveira, médica-veterinária e professora da Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG (Universidade Federal de Goiás).

O que avaliar na primeira consulta?

No primeiro atendimento, existem algumas perguntas que a família pode fazer para avaliar o profissional. Alguns exemplos são sobre a especialização na área, se ele já atendeu casos semelhantes, quais as opções de conduta do tratamento e o que os artigos científicos dizem sobre a questão.

Também existem algumas bandeiras vermelhas que podem indicar que aquele veterinário não é a melhor escolha. Por exemplo, não saber responder as perguntas com clareza e segurança, não saber ou não explicar a importância de cada exame solicitado, assim como o que se espera dos resultados dos exames para as suspeitas de diagnóstico.

“A pessoa deve questionar sobre possíveis diagnósticos, opções de tratamento e buscar um profissional que dê a devida atenção ao pet, por exemplo, que faz o ‘pós-venda’ ligando para saber como está o paciente durante o tratamento. A família precisa se identificar e simpatizar com o profissional para construir uma relação de confiança”, afirma Kellen.

Cuidado com as redes sociais

As redes sociais podem ser um caminho para pegar indicações de veterinários. Porém, o número de seguidores, o volume de curtidas que recebe e a quantidade de conteúdos produzidos não é um indicativo de que o profissional seja bom.

“A família deve se atentar à capacidade técnica do veterinário. O bom profissional é indicado por outros clientes e colegas de profissão, o famoso ‘boca-a-boca’. Outro ponto de atenção é nas publicações que ele faz nas redes sociais, pois o CFMV tem resoluções específicas sobre isso e, quando descumpridas, pode gerar um processo ético”, assinala a professora da UFG.

E lembre-se que qualquer mudança física ou comportamental do pet, a exemplo de diminuição do apetite, do consumo de água e de atividade física, sangramento, coceiras e alteração na frequência de eliminação, deve ser investigada por um médico-veterinário. 

“Buscar informações com terceiros, como amigos e vizinhos, ou mesmo em sites e redes sociais, pode induzir ao diagnóstico errado e tratamento incorreto, diminuindo as chances de cura ou controle da doença. Quanto mais rápido o atendimento, mais rápido é o diagnóstico e o início do tratamento, contribuindo para o bem-estar e a longevidade do pet”, destaca a médica-veterinária Kellen Oliveira.

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