Intoxicação, obstrução da traqueia, problemas no trato digestivo e, em casos mais graves, até a morte. Esses são alguns danos que brinquedos podem causar a seu cachorro. Como o mercado de brinquedos para animais vem crescendo a cada ano, com cada vez mais opções, é essencial que tutores saibam escolher produtos seguros.
Antes de mais nada, o tutor precisa saber se o seu animal efetivamente precisa de um brinquedo. “Vai depender muito do cachorro e do estilo de vida do tutor”, explica a médica-veterinária Mayara Ramos da Silva. “Se é um cão agitado, os brinquedos servem tanto para enriquecimento ambiental (como os brinquedos para colocar comida dentro) quanto para gastar energia com a interação do tutor (como bolinhas). Porém, muitos animais nem ligam muito para os brinquedos, tornando seu uso desnecessário.”
Ainda dentro do perfil do animal, há outras questões que devem ser levadas em conta. “Seu cachorro fica muitas horas sozinho? Tem alta energia? Está em fase de troca de dentes? É mais velhinho? Para cada perfil é preciso oferecer brinquedos específicos”, diz Mayara. Para isso, o aconselhamento profissional é essencial.
Depois, é preciso entender que os brinquedos atendem a determinadas funções. De forma resumida, é possível destacar três categorias principais: para colocar comida dentro (como kongs e puzzles), usados para gastar energia ou até mesmo para o cachorro comer mais lentamente; os de morder (ossos, cabo-de-guerra, por exemplo), importantes para ajudar a limpar os dentes e evitar danos a móveis em casa; e os de correr atrás (bolinhas, gravetos), voltados a cães agitados, que precisam de atividade física.
Comprar com consciência
Na hora da compra, Mayara afirma que é preciso observar a qualidade do material e se o brinquedo tem a possibilidade de soltar pedaços, levando o cão a engoli-los e podendo causar riscos de obstruções. Para isso, o tutor deve ler as indicações do fabricante e selos de qualidade. Perguntar a funcionários o que clientes dizem a respeito do brinquedo também ajuda na hora da escolha. E monitorar as atividades de seu cachorro enquanto ele estiver brincando, para saber se aquele produto está adequado.
“Em geral, eu prefiro indicar os brinquedos mais resistentes de borracha, como são feitos os kongs, algumas bolinhas e até alguns brinquedos de cabo de guerra, ou até mesmo aqueles ossos de plástico bem rígidos, pois não têm risco de causar intoxicação ou obstrução e são bem duráveis”, sugere a veterinária.