Corte estético: procedimentos proibidos e desnecessários em animais

Você já percebeu que alguns cães têm as orelhas ou a ponta da cauda cortadas? Pois bem, embora pareça algo comum, é importante destacar que o corte estético é uma prática proibida. Esses procedimentos, muitas vezes são realizados de forma ilegal por criadores e donos de animais de estimação.

 

À procura de um padrão estético, criadores e donos frequentemente recorrem a cirurgias para modificar a aparência de cães e gatos, como esculpir orelhas, remoção das unhas ou encurtamento da cauda. Contudo, essa prática, antes considerada comum, submete os animais a intervenções desnecessárias, causando prejuízos permanentes ao seu bem-estar.

 

Em 15 de novembro de 2008, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) proibiu diversas cirurgias como, a conchectomia (corte das orelhas), a caudectomia (corte da cauda), a onicectomia (remoção total das unhas do felinos) e a cordectomia (retirada das cordas vocais), sendo permitidas apenas as cirurgias que atendam às indicações clínicas prescritas por médico-veterinário. Caso haja descumprimento da lei, o criador – ou dono do pet, estará sujeito a penalidades e multas.

 

Infelizmente, é possível ainda se deparar com situações em que animais são submetidos a essas cirurgias de maneira clandestina – muitas vezes por falsos veterinários ou criadores irresponsáveis. É fundamental entender que essas cirurgias não só são ilegais, mas também são cruéis, causando dor extrema e prejuízos a médio e longo prazo para os animais, já que não possuem qualquer justificativa médica válida para a realização.

 

Todos os animais têm características físicas essenciais adaptadas ao ambiente em que vivem. O comprimento das orelhas, por exemplo, não apenas protege o canal auditivo, mas também desempenha um papel vital no equilíbrio. Da mesma forma, as garras dos felinos são essenciais para atividades como pular, escalar e se defender.

 

Comportamentos indesejados, como um cachorro que late demais, pode ser ajustado com adestramento e consultas periódicas, pois pode se tratar de um incômodo que o animal esteja sentindo. No caso de um gato arranhar móveis, isso é um comportamento natural da espécie – é como pedir para um peixe não nadar, apenas impossível. Uma dica é, invista em arranhadores e leve o seu gatinho para aparar as unhas a cada quinzena. Além disso, existem profissionais comportamentais para felinos que podem ajudar a controlar esse espírito selvagem.

 

Então lembre-se, ao adquirir um filhote de um criador e notar que ele já teve as orelhas ou cauda amputadas – ou se o criador sugerir a prática, denuncie! A realização de qualquer uma dessas cirurgias mutiladoras é considerada um crime de maus-tratos. Juntos, podemos proteger nossos amigos peludos e garantir uma vida saudável e respeitosa para eles.

 

Fonte: CRMV SP – Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo

 

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