Conheça o trabalho incrível dos cães de assistência

Na língua portuguesa, a palavra assistência está associada ao ato de auxiliar, ajudar e, até mesmo, socorrer outrem. Por isso, não é exagero considerar os cães de assistência como verdadeiros salva-vidas, seres que se tornam, praticamente, uma extensão do humano que possui algum tipo de deficiência.

Apesar de estarmos mais acostumados com o cão guia – que provê auxílio ao deficiente visual –, existem cães de assistência que auxiliam pessoas com variados níveis de deficiência de mobilidade, deficiência auditiva e até mesmo transtornos psicológicos e epilepsia.

Não existe uma raça específica indicada para se tornar um cão de assistência – ou seja, qualquer animal pode ser treinado com tal objetivo, desde que o treinamento se inicie na tenra infância. “A partir do trigésimo dia de vida, você já pode começar a trabalhar com este treinamento. Por exemplo, os cães de faro já começam a ser preparados para o trabalho antes mesmo de abrir os olhos. Então, para todo tipo de adestramento, você aproveita o desenvolvimento dos sentidos do cão”, revela Sergio Moro, psicólogo canino e adestrador que atua em São Paulo.

A formação do cão assistente se baseia em um treinamento minucioso, que foca não somente no condicionamento do comportamento do bichinho, mas também no seu potencial de socialização com humanos e outros animais, e na relação com o próprio tutor, o qual ele auxiliará. “Tudo deve ser feito de forma gradativa e prazerosa para o cão”, frisa o especialista.

Sergio ressalta também que conscientizar a população sobre a conduta com os cães de assistência é tão importante quanto treinar o animal. “Se você mexe com o cachorro, você tira a atenção e o foco dele e pode até colocar em risco a pessoa que está sendo assistida”, alerta.

“O cão tem que entender que o seu tutor ou condutor tem a capacidade de corrigi-lo. Se ele perceber que o seu dono não é capaz de efetuar esta correção, o animal é induzido ao erro. Por isso, se as pessoas estiverem informadas sobre esta conduta [de não interagir com o cão de assistência], a probabilidade dele errar é quase nula”, enfatiza Sergio.

Portanto, segure a Felícia dentro de você e não interaja com o cão de assistência enquanto ele estiver trabalhando. Os tutores e os próprios animais agradecerão.

 

 

Por: Paula Soncela
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