O exercício físico é parte importantíssima da vida de um cão – e todo tutor sabe que precisa exercitar-se com seu pet. Mas como saber exatamente a melhor maneira de realizar isso – e por quanto tempo?
Para entender melhor estas questões, conversamos com o médico veterinário Eduardo Zaneli.
Em relação a tamanho, Eduardo afirma que todos os pets podem se exercitar, com algumas regras básicas: “Raças maiores precisam de mais exercício, visto que a quantidade energética que elas precisam gastar é maior, e não tem como uma raça grande fazer exercício em lugares pequenos. Precisar de mais exercício, na verdade, é a necessidade de um lugar maior para exercitarem-se”, pontua. “Pensando pelo lado dos pets, correr é um bom exercício, independente da raça, mas existem algumas regras que precisam ser levadas em consideração, especialmente para cães de raça pequena e braquicefálicos”, alerta. “Considerando que a respiração (e consequentemente o focinho) é responsável por fazer a troca de calor, já que cães não suam, quanto maior o focinho, mais resfriamento (ou aquecimento) o cão pode fazer. Buldogues, shiht-zus e pugs devem evitar corrida como exercício e, se ele for realizado, que seja feito em horários de temperaturas frescas”, explica.
Outra questão importante é a articulação dos animais. “Algumas raças como labrador, golden retriever e outros que gostam e precisam de atividade física estão sujeitos a uma doença chamada displasia coxofemoral que os impede de se movimentar, então vale ficar atento e sempre consultar um médico veterinário”, conta.
E quando seu cãozinho está pronto para correr por aí mas você não sabe exatamente quanto tempo deve dedicar a este exercício? “Não existe um tempo especifico de exercício; se ele não está acostumado, deve começar-se devagar, com uma adaptação dos animais. Cães já adaptados podem caminhar por uma, duas, até três horas”, diz Eduardo. Mas esta questão não tem apenas a ver com a interação entre o pet e outros animais e pessoas: também diz respeito ao laço criado com o tutor. “Uma brincadeira simples por dia não é suficiente. Quanto mais tempo um tutor passa com seu cão, melhor”, crava Zaneli.