Fáceis de cuidar e muito carinhosos com seus tutores, os roedores são bastante adequados à vida em apartamento. Eles não precisam passear, têm baixo custo de manutenção e podem ficar sozinhos por várias horas. Mas, como todo animal de estimação, precisam de cuidados médicos de tempos em tempos.
As doenças de pele são as enfermidades mais comuns nessas espécies de mamíferos. “Todos os roedores podem ser afetados por pulgas e piolhos, além dos ácaros, fungos e bactérias comensais”, afirma Thaís Andrade Costa, coordenadora e professora de Medicina Veterinária da Universidade Positivo, em Curitiba (PR).
Quando enfermos, os animais podem ficar mais irritados e com apetite reduzido, pois não conseguem dormir por causa da coceira. Em infestações mais graves, podem ter anemias e debilidade, o que pode predispô-los a outras infecções no organismo de forma geral. “O comportamento irritado pode aumentar o risco de agressão contra os proprietários, como mordeduras e arranhões”, alerta Thaís.
De acordo com a médica-veterinária, o verão costuma ser a estação do ano com maior ocorrência de piolhos sugadores, porém algumas espécies de piolhos e ácaros são mais sensíveis ao calor e acabam aparecendo mais no inverno. Já nos demais tipos de infecções, a debilidade causada, principalmente, pelo estresse é o que determinará a predisposição.
O tratamento depende do tipo de infecção que o pet tem. Somente um veterinário especializado em animais silvestres pode dar o diagnóstico e tratamento corretos para cada caso. Porém, a principal medida preventiva de doenças é manter uma boa condição sanitária do ambiente em que ele vive. Gaiolas e equipamentos devem ser esterilizados e quaisquer utensílios e brinquedos que possam causar acidentes devem ser removidos.
“Outro cuidado importante com os pets é evitar que tenham contato com roedores silvestres (de rua), que podem ser grandes potenciais de transmissão de doenças – tanto para os animais, quanto para os seres humanos”, finaliza.