Se você escolheu um réptil como pet, deve saber que esses bichinhos possuem algumas particularidades que precisam ser consideradas para fazer com que seu amigo se sinta bem em sua nova casa e possa viver feliz e com saúde. Um dos aspectos mais importantes para os répteis é a sua relação com a temperatura.
Os répteis, diferente dos humanos, não possuem um controle interno da sua temperatura. “Eles são classificados com ectotérmicos, ou seja, dependem do meio ambiente para controle de sua temperatura corpórea”, explica Gabriel da Silva Seabra, médico-veterinário especialista em animais silvestres e diretor clínico veterinário da Zoovet. “Diante disso, os répteis mantidos em cativeiro necessitam de uma fonte de calor, caso contrário eles podem sofrer as consequências das baixas temperaturas desta época do ano.”
Os répteis têm um intervalo de temperatura em que seu corpo funciona de forma ideal, quando suas funções – como respiração, digestão e controle de doenças – são realizadas com tranquilidade. Quando expostos a baixas temperaturas, os animais podem apresentar queda na atividade física, ficando mais apáticos. “Essa apatia levará à diminuição do apetite; diante disso, o animal ficará cada vez mais fraco e, consequentemente, seu sistema imunológico será afetado”, alerta o especialista. Nesse caso, podem aparecer doenças metabólicas, como as relacionadas ao sistema respiratório, entre as quais a mais comum é a pneumonia.
Para cuidar bem do seu réptil e evitar essas doenças, é importante, portanto, ter certeza de que o espaço em que o animal vive está com a temperatura adequada para ele. Segundo o médico-veterinário, é essencial oferecer uma fonte externa de calor, como lâmpadas, tapetes térmicos e até “rochas” que podem ser ligadas na tomada, aparelhos que ajudam os repteis a controlarem melhor sua temperatura corpórea.
Ainda não tem um réptil como pet, mas pensa em ter um? Leia este texto do Portal Melhores Amigos e saiba quais espécies podem ser criadas em casa.