A cinomose é uma doença viral da família Paramyxoviride, altamente contagiosa entre cães e furões que atualmente tem sido a doença com um dos maiores índice das patologias responsáveis por morte canina. Quem alerta é o médico veterinário Leonardo Giovanetti Neto.
Trata-se de um vírus que apresenta três fases de desenvolvimento em cães:
– Fase gastroentérica: caracterizada por um distúrbio gastrointestinal que muitas vezes se cura expontaneamente, é de curso rápido e muitas vezes é até imperceptível aos olhos dos tutores. Apresenta, em alguns casos, fezes com sangue, o que muitas vezes é confundido com um quadro de parvovirose e que quase sempre desaparece de forma muito rápida sem qualquer tipo de tratamento. Também pode ocorrer um vomito esporádico ou diarréia passageira;
– Fase pulmonar ou respiratória: é caracterizada pela presença de tosse produtiva, conjuntivite com alta secreção purulenta, sinusite que se manifesta pela presença de pús na região nasal do pet, hiperqueratose plantar (coxim plantar fica grosso) bem como a região do nariz que também apresenta essa característica grossa ao seu redor, pústulas abdominais como se fossem espinhas na região da barriga. Giovanetti explica que essas duas fases apresentam uma maior de possibilidade de cura;
– Fase neurológica: É a mais complicada e a mais difícil de tratamento, esclarece o veterinário. Nessa etapa o vírus se aloja no sistema nervoso central provocando lesões neuronais que são de difícil ou até impossíveis regenerações visto que células neurológicas não se regeneram provocando sintomatologia de falta de coordenação geral, mioclonias (conhecido como tique nervoso) em qualquer parte do corpo, convulsões frequentes ou todos esses sintomas associados. “A maior parte dos diagnósticos são feitos nessa fase pois os tutores acabam levando o animal ao veterinário quando esse quadro se apresenta e o tratamento se torna muito difícil por não existirem drogas que atravessam ativamente a barreira hemato encefálica dificultando e comprometendo o resultado do tratamento e que acarretará óbito no pet”, alerta Giovanetti.
“A cinomose é, no geral, uma doença de difícil cura, mas de muito fácil prevenção”, afirma o veterinário. “Hoje existem vacinas que são conhecidas como V-8 ou V-10 (importadas) que aplicadas a partir doa 45 dias de vida, num intervalo de 21 a 30 dias em três doses, possibilitam que seu pet seja imunizado contra essa que é considerada uma doença vilã no meio canino”. Após as três doses será necessária apenas uma dose anual para reforço.
Cuidados
Algumas medidas devem ser tomadas com relação a transmissão do vírus, explica Giovanetti, dificultando que ele possa contaminar o pet. “Evite sair com seu animal antes que essas vacinas sejam aplicadas em tês doses; evite terminantemente o contato com animais que não conheça a procedência ou esteja abandonado; em caso tutor ter contato com algum animal desconhecido é preciso que ele não toque no filhote, antes lave abundantemente as mãos com soluções degermantes ou amonia quaternária”.
Giovanetti explica ainda que, caso o tutor tenha tido algum caso recente da doença em casa, espere pelo menos um ano para ter umn novo filhote, pois o vírus resiste longo tempo no ambiente.
“De qualquer forma, ao adquirir um filhote leve-o ao veterinário de confiança para que ele possa proceder a imunização de forma correta e eficiente evitando assim transtornos que levariam a situações tristes e desagradaveis a seus pets”, diz. “Seja consciente vacine seu animal regularmente”.