Peixes são de fácil manejo, mas requerem alguns cuidados. Segundo Renata Sedano Fernandes, médica-veterinária de animais silvestres do Hospital Veterinário Sena Madureira, as carpas podem viver em aquários, mas desde que ele seja grande. Ela frisa que as carpas acabam se desenvolvendo de acordo com o espaço em que elas vivem. “Por isso, quanto maior o espaço, maior será o tamanho da carpa”, explica. O ideal é que, quando o animal atingir um tamanho grande, o aquário seja substituído por um tanque. Caso contrário, o animal poderá sofrer com atrofias.
Por sua vez, Arsênio Baptista, médico-veterinário responsável por peixes da clínica médica e cirúrgica de organismos aquáticos na Clínica TUKAN e proprietário da AQUALITY- Assessoria em Ambientes Aquáticos informa que esse tipo de criação implica na utilização de aquários com volumes adequados, com o mínimo de 200 L, além de possuírem uma “filtragem poderosa”, pois as carpas produzem quantidade significativa de excrementos. “Outro item que deve ser avaliado com atenção é a escolha adequada dos demais peixes do aquário”, complementa.
A quantidade do cardume é outro fator importante. Arsênio diz que se for um aquário com apenas três ou quatro carpas, de aproximadamente 10 cm de comprimento cada uma, a demanda será completamente diferente, por exemplo, se o criador tiver os mesmos peixes, só que com 30 cm de comprimento. O médico-veterinário também ressalta que as carpas são peixes ativos, mansos e bastante rústicos.
A higienização, oxigenação, temperatura e iluminação também são questões importantes. “As carpas são peixes sensíveis a produtos químicos e a higienização deve ser feita com a troca parcial da água e por filtros de boa qualidade. A oxigenação deve ser constante e a temperatura ideal é em torno de 18 graus”, finaliza Renata.