Cães idosos: saiba como cuidar do seu amigo nesta fase

Com o passar dos anos, o seu cãozinho já não tem a mesma disposição de antes: ganha peso, recebe o diagnóstico de problemas de saúde até então inexistentes e passa a ter dificuldade para as atividades que exigem esforço físico ou cognitivo. No caso dos cachorros, essa fase começa mais ou menos aos sete anos, dependendo da raça e do porte do animal (os menores têm maior longevidade). Mas será que você está preparado para cuidar do seu companheiro quando ele atingir a terceira idade?

Segundo a médica-veterinária Cynthia Carpigiani, o dono precisa ficar mais atento à alimentação, às brincadeiras e ao ambiente de vivência do animal idoso, além de redobrar o cuidado com a saúde, já que algumas doenças são mais comuns nos cães mais velhos.

“Geralmente o animal começa a apresentar dores articulares, dificuldade para pular com a frequência que estava acostumado, trombam em móveis quando estes são mudados de lugar, começam a querer brincar menos e os de pelo escuro podem começar a ficar com os pelos da face grisalhos”, explica. “Alguns chegam a apresentar latidos à noite e comportamento diferente do habitual”, acrescenta a veterinária.

À medida que esses sintomas aparecem o tutor deve começar a fazer pequenas adaptações no ambiente e nas brincadeiras, como, por exemplo, introduzir atividades educativas que forcem o animal a interagir mais, envolvem aprendizado ou aquisição de novas habilidades.

“Podemos colocar rampas e escadinhas que o auxiliem a subir no sofá sem que estes sejam exigidos a pular, o que causaria dor. Quando os cãezinhos começam a ficar cegos é importante evitar trocar móveis do lugar, para que eles continuem se orientando pelos cômodos como de costume, deste modo podemos evitar outros acidentes quando estão distraídos brincando, como bater o focinho em móveis ou cair da escada”, diz.

“Outro aspecto importante a ser considerado está relacionado à alimentação, já que muitos idosos acabam perdendo os dentinhos, dificultando a ingestão de ração seca. Neste momento, a comida caseira balanceada é uma excelente opção”, recomenda Carpigiani.

Segundo a médica-veterinária, entre as doenças mais comuns em cães idosos estão as dores articulares e na coluna, bem como problemas dentários e cardíacos, surdez, cegueira e alterações na capacidade cognitiva. Além disso, costumam ocorrer alterações metabólicas, como o diabetes e a obesidade associada à falta de exercícios físicos.

Para tentar retardar alguns desses sintomas, ela diz que é preciso manter o cão ativo, mas sem exageros, e realizar visitar periódicas ao veterinário, a fim de garantir a prevenção e o diagnóstico precoce de algumas enfermidades.

“Propiciar uma vida alegre e feliz sem excessos de pulos (o que pode e deve ser ensinado pelos tutores) ou de comida e petiscos pode poupar bastante as articulações dos cães do desgaste prematuro. Passeios diários nas horas mais frescas do dia e uma alimentação balanceada e preparada com alimentos de qualidade podem ser as principais dicas para manter a saúde e a longevidade de nossos amigos peludos”, diz Carpigiani.

Da Redação

 

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