Fofinhos e adoráveis, os cachorros mini conquistaram os donos de pet e estão entre os animais mais procurados para levar para a casa. Medindo até 30 centímetros de altura e pesando até seis quilos, não há quem resista a esses pequenos animais, mas é importante saber que eles costumam ser portadores de diferentes doenças genéticas e precisarão de muita atenção e cuidado.
“É importante ressaltar que existem dois tipos de cachorros mini: os que são feitos por criadores através do cruzamento de animais até a obtenção do padrão mini, e os animais que possuem o gene do nanismo, que são cães anões”, explica o médico-veterinário Pedro Henrique Bugallo Risolia. “Nos dois casos, os pets nascem com diferentes doenças hereditárias, como problemas cardíacos, pulmonares, articulares e ósseos.”
Enquanto nos cães com nanismo essas condições são normais da doença, nos animais mini obtidos por criadores, esses problemas estão relacionados ao cruzamento de cachorros da mesma família, gerando, assim, problemas genéticos. Doenças como doença no disco, hipotiroidismo e anomalias hepáticas estão ligadas a essas raças. Alergias também são comuns.
Além disso, os animais mini muitas vezes possuem extrema fragilidade física, podendo ter ferimentos sérios mesmo com uma queda do sofá ou da cama. As fêmeas não se encontram preparadas para o parto normal e costumam requerer cesarianas.
“Os compradores precisam saber que os cachorros miniaturizados podem ter uma vida difícil, com muitas doenças, independente do cuidado do dono, já que elas não estão relacionadas à alimentação ou a vacinas, e sim são congênitas”, informa o médico-veterinário. Ele ainda ressalta que a grande procura por esses animais aumenta a sua criação por meio de cruzamentos, o que é bastante prejudicial à saúde dos cães.
Por isso, na hora de adquirir seu melhor amigo, não deixe de levar em conta essas informações ao procurar o bichinho ideal para ser seu companheiro.