O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), sancionou na manhã de 23 de maio de 2018 uma lei que proíbe soltar fogos de artifício barulhos dentro do município de São Paulo. Proibiu-se, também, a fabricação e uso de qualquer artefato pirotécnico com efeito sonoro ruidoso – e o descumprimento da lei pode acarretar em multa de R$ 2 mil. A lei visa proteger o bem-estar de idosos, crianças e pets, que sofrem com os altos barulhos produzidos por rojões de todos os tipos.
Para entender melhor este tipo de fragilidade no mundo dos pets, falamos com o médico veterinário Diogo Alves da Conceição que, de antemão, avisa: a queima de fogos realmente gera muito distúrbio ao animal. “Além do estresse, a agitação por conta do barulho pode causar ferimentos quando os animais buscam por abrigo. A elevação da temperatura corporal também pode desencadear sintomas como vômito e diarreia. Ao longo prazo isso pode gerar crises convulsivas. Ideal que procurem um médico veterinário pra uma melhor avaliação caso isso venha a ocorrer”, completa.
E se algum outro tipo de som começar a afetar o cachorro? Segundo Diogo, uma boa ideia é deixar que o animal busque um lugar em que sinta-se seguro. “Todo cuidado é pouco, mas fique de olho para para que ele não se machuque. Manter a calma e agir normalmente durante alguma eventual queima de fogos para não reforçar a sensação de que algo estranho está acontecendo é super importante”, comenta.
Ele recomenda ligar a TV ou rádio, já que esses barulhos, familiares, podem acalmar o pet, que nunca pode ficar preso em coleiras ou guias nestes momentos, já que ele pode se enroscar em algum lugar e sofrer sérios machucados. Na pior das hipóteses, Diogo recomenda o uso de medicação oral especializada – mas acredita que essas medidas naturais também podem ser muito eficazes.