Meu gato é estrábico: e agora, o que devo fazer?

No mundo humano, qualquer característica diferente pode se tornar sinônimo de exclusão social. Já no mundo dos animais, não é exatamente assim que funciona. Por isso, a boa nova é: se você tiver um bichano estrábico só precisa tomar alguns cuidados simples e não precisa se preocupar com bullying dos outros felinos.

Existem muitas lendas sobre o estrabismo, porém, ele nada mais é do que um problema de flacidez nos músculos dos olhos. “O cuidado básico com o gato estrábico seria levá-lo para um acompanhamento com um médico veterinário oftalmologista. O estrabismo é relativamente comum entre gatos, especialmente para os siameses ou seus descendentes, que apresentam maior frequência quanto a esta alteração”, explica Gelson Genaro, professor do Centro Universitário Barão de Mauá, de Ribeirão Preto, especialista em bem-estar felino.

Em alguns casos, o estrabismo poder estar associado a alguma alteração neurológica quando acompanhado de outros sinais clínicos, como tremedeira, dificuldade de locomoção, prostração, convulsões, entre outros. É preciso ficar atento. No entanto, como citado anteriormente, algumas raças como a Himalaia, Siamês e Birmanês costumam apresentar estrabismo convergente medial – olhos voltados para dentro – não acompanhado de qualquer tipo de patologia neurológica.

Mas… Como a “vesgueira” afeta a vida do bichano?

“A vida do animal pode ser normal, contudo ele pode apresentar visão prejudicada quanto à percepção de profundidade ─ daí a importância da consulta com o especialista”, indica Gelson. A dificuldade de percepção de profundidade e de calcular a distância entre os objetos pode fazer com que seu gatinho trombe nas coisas e dê saltos um tanto desastrosos.

Portanto, consulte um oftalmologista e garanta o bem-estar do seu vesguinho.

 

 

Por: Paula Soncela
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