Da mesma forma que para nós, humanos, a atividade física diária é de extrema importância para a saúde física e mental dos cachorros. Passear com seu pet é essencial para que ele mantenha o peso ideal, além de ajudar em questões de socialização com outras pessoas e cães e, caso o cão goste de brincar na rua, seu cansaço mental.
“Antes de tudo, devemos observar a questão fisiológica do cachorro, se ele está com saúde em dia, se é um cão idoso, se é um cão mais novo. Então, algumas raças tem uma demanda um pouco maior, quando falamos de atividade física. Cães pastores, como os border collies, pastores-belgas-malinois, e cachorros de grande porte em geral, demandam passeios mais logos, entre 50 minutos e 1 hora”, afirma Igor Pamplona, adestrador e terapeuta canino.
Para cães braquicefálicos, como shi-tzu, pug, buldogue francês, buldogue inglês, que possuem o focinho achatado, caminhadas de 20, 30 minutos costumam ser o suficiente. Os donos devem prestar muita atenção aos horários de passeio, sendo os horários ideais o começo da manhã e o final do dia, principalmente nos dias de calor, especialmente no verão. Segundo Pamplona, “nunca devemos expor essas raças a temperaturas maiores do que 23, 24 graus, pois se superaquecem com facilidade, uma vez que a troca de calor com o ambiente é mais lenta. Podem até mesmo vir a óbito. São cães mais sensíveis, então a gente deve respeitar o limite de atividade física deles.”
Os passeios também são importantes para a expansão territorial dos cachorros, para que eles vejam o quão vasto é o mundo fora da sua casa. De acordo com o adestrador, isso é capaz de diminuir o estresse do cachorro e até neutralizar uma possível reatividade em relação a outros cães. Claro, isso não é regra, porque, sim, vai ter cachorro que vai manter o territorialismo mesmo com a expansão territorial, mas o passeio costuma ajudar nesse quesito.
Cães idosos e reativos | “Conforme o cão envelhece, é essencial consultar o médico-veterinário, pois ele vai entender melhor como está a saúde, principalmente pontos como a função cardíaca. Assim, expomos nosso pet à atividade física de forma segura”, explica Pamplona.
Para cachorros que são reativos e mantém essa reatividade na rua e em outros locais, uma consulta com um médico-veterinário comportamentalista é relevante para avaliar se há necessidade de entrar com medicação para acalmar este pet.
“Estímulos externos podem ser gatilhos de ansiedade e levar o cão a ter comportamentos violentos ou de fuga, por exemplo. Um médico-veterinário especializado em comportamento vai saber indicar a medicação que ajudará a controlar esse impulso de ansiedade. Aliado a isso, podemos iniciar uma terapia comportamental com os treinos de reforço positivo e de sensibilização daquele gatilho”, explica o terapeuta canino.
Em muitos aspectos, cães são parecidas com os seres humanos: cada um tem sua personalidade e individualidades. Então, nunca generalize os comportamentos ou utilize estratégias que deram certos com outros cães. Isso pode agravar o quadro do seu pet.
Consulte sempre um veterinário e um adestrador de confiança!