O seu filhotinho de gato parece estar “ligado no 220” e parece levar as brincadeiras a sério demais? Se a resposta foi afirmativa, não se preocupe: a infância felina costuma ser agitada mesmo. Por isso, prepare-se para ter muita paciência e dedicação se você quiser estabelecer limites e condicionar o comportamento do seu baby bichano.
Felinos são predadores por natureza e, mesmo domesticados, ainda apresentam alguns comportamentos instintivos. Por exemplo, eles exercitam o instinto predatório nas brincadeiras de se esconder e atacar ou quando agarram sua mão e dão chutes com as patinhas de trás.
No mundo natural, quem ensina as regras e limites para os filhotes são as mães ou os outros gatos do convívio dele. “Todo estabelecimento de conduta (desejável) remete a um treinamento. Os animais passam por esse treinamento naturalmente, por exemplo, com sua mãe, e nós também podemos fazer isso, mas irá exigir conhecimento e treinamento da pessoa em questão”, explica Gelson Genaro, professor do Centro Universitário Barão de Mauá, de Ribeirão Preto, especialista em bem-estar felino.
Como, geralmente, os gatinhos adotados não passam por essa educação materna, há de se levar em conta os outros meios de conter a “agressividade” felina, como a castração. Ao castrar os animais, tanto machos, quanto fêmeas, você irá amenizar os comportamentos reprodutivos e territorialistas que levam o gato a demonstrar seus dotes agressivos – e também evitará que ele contraia doenças.
Para corrigir comportamentos pontuais, não é recomendado empurrar ou “bater” no gato, pois você, muito provavelmente, irá torná-lo mais agressivo. Se ele reagir agressivamente a um objeto, tente associar este objeto com alguma sensação agradável.
Caso você queira ir mais a fundo e resolva adestrar seu bichano, é necessário muito aprendizado prévio. De acordo com Gelson, “quando você desejar corrigir ou mesmo estabelecer um determinado comportamento a ser apresentado por seu animal, prepare-se lendo algum texto orientador e lembre-se que você irá precisar de muita paciência, pois o adestramento é algo que exige muito conhecimento e dedicação”, ressalta.
É possível condicionar o comportamento felino, no entanto, “particularmente para o gato, adestrá-lo é algo bastante complicado se comparado às outras espécies. É trabalhoso adestrar um animal e, quando tentamos isso com um felino, o desafio é muito maior”, conclui o especialista.