Saiba se as pombas podem transmitir doenças para o seu pet

Se você der uma volta pela cidade, é bem provável que aviste um ou dois pombos, pois essas aves são presença constante em diversos espaços urbanos.

No entanto, essa abundância pode trazer consigo riscos, já que a superpopulação dessas aves pode ser uma fonte de transmissão de doenças para nós e nossos pets. Para nos orientar sobre medidas preventivas e a importância do manejo adequado, o Prof. Phd Dr. Adriano Carrasco, médico-veterinário e especialista na Unicentro (Universidade Estadual do Centro Oeste – PR), compartilhou algumas dicas conosco.

Primeiro, precisamos entender que, os pombos – assim como outros animais, podem transmitir diversas doenças. “Muitas vezes as pessoas, de uma forma geral, criam alguns mitos e isso acaba se disseminando. A grande questão relacionada à transmissão de patógenos por pombos, ou por qualquer espécie doméstica, se deve ao fato basicamente de uma ação antrópica (causada pelo ser humano), aliada a um aumento populacional descontrolado”, indica o Dr. Adriano.

Segundo: essas aves se proliferam em ambientes urbanos devido à disponibilidade de alimentos, abrigo e à ausência de predadores naturais. Em locais onde sua população não é controlada, podem ser veículos de vários patógenos, incluindo agentes fúngicos, bacterianos e parasitários.

“O controle da transmissão de doenças zoonóticas requer foco na educação sanitária e em medidas que limitem sua reprodução, como a redução da oferta de alimentos e abrigo, além da manutenção da limpeza em áreas públicas frequentadas por esses animais”.

Terceiro: é importante ressaltar que estamos tratando dos pombos que vivem nas ruas, não os criados por columbófilos profissionais para competições, pois estes são monitorados pela Federação Columbófila Brasileira (FCB), uma Entidade Federativa registrada junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, garantindo que não representem riscos à saúde pública.

Segundo o especialista, para reduzir o risco de transmissão de doenças por pombas para animais de estimação, é crucial manter medidas básicas de higiene.

  • Os pets precisam estar com a vacinação, vermifugação e controle de ectoparasitas e cuidados veterinários em dia.
  • Além da limpeza frequente do ambiente onde as aves se concentram, é importante ter cuidado com as fezes do animal, pois representam riscos à higiene.

“Busque sempre os cuidados de um médico-veterinário, para que ele possa dar os direcionamentos acerca de medidas sanitárias preventivas e relacionadas ao ambiente e instalações. Da mesma forma, realizar a limpeza constante do ambiente, com o uso correto de produtos, bem como a periodicidade do processo, são cuidados importantes para assegurar a saúde de todos”, conclui Adriano.

Permitir que animais de estimação se aproximem de áreas frequentadas por pombas, principalmente na rua durante os passeios, pode ser seguro desde que os pets estejam saudáveis e mantenham uma rotina de cuidados veterinários. Caso contrário, é melhor evitar.

A convivência entre humanos e animais requer atenção mútua e ações proativas. Com a conscientização e ações coordenadas, podemos assegurar ambientes urbanos mais saudáveis e seguros para todos os seres que neles habitam.

 

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