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Como a leptospirose pode afetar os pets

Com a aproximação da época de chuvas, é preciso ficar atento para a leptospirose. Trata-se de uma doença transmitida pela bactéria Leptospira por meio do contato com a urina ou secreções de animais infectados. A enfermidade pode afetar tanto humanos quanto os pets, incluindo cães, gatos e equinos. Por isso, é preciso redobrar a atenção para evitar situações cujo risco de contaminação seja maior.

A médica-veterinária Danieli Perez Fernandes, docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), explica que o contato direto com roedores, que têm a bactéria naturalmente sem danos à saúde, é uma das principais maneiras de contrair a doença. 

“A leptospirose presente na urina dos ratos pode afetar a água de rios e solo, aumentando a disseminação da doença e deixando os animais mais suscetíveis a ela. A contaminação também pode ocorrer por meio da ingestão de alimentos contaminados, transferência transplacentária e mordeduras. Além disso, os gatos podem contrair a bactéria ao caçar roedores infectados”, explica.

Os sintomas variam de acordo com a idade e o quadro de saúde do pet. Os principais sinais clínicos são

  • falta de apetite
  • urina com coloração escura devido aos efeitos da doença nos rins,
  • halitose (mau hálito)
  • icterícia

A recomendação é procurar um médico-veterinário de confiança caso o animal apresente qualquer qualquer mudança física ou comportamental após entrar em contato com possíveis focos de contaminação.

 

Prevenção e tratamento

Segundo Danieli, as vacinas V8 e V10, que devem ser reforçadas anualmente, são a maneira mais eficaz de prevenir a leptospirose. “Outras medidas sanitárias são importantes, tais como não acumular lixo para não atrair ratos, fornecer água limpa e filtrada aos pets e deixar o espaço, principalmente o quintal, onde o animal vive sempre limpo”, orienta.

Apesar da taxa de mortalidade ser alta, é possível tratar cães e gatos com fluidoterapia (tratamento de restauração do volume e composição dos líquidos corporais à normalidade), estimulantes de apetite e antibióticos. No entanto, o resultado do tratamento depende do estágio da doença, além da idade e do sistema imunológico do indivíduo.

Vale lembrar que a leptospirose é uma zoonose. Portanto, veterinários e trabalhadores rurais estão mais suscetíveis. No caso dos cachorros, eles também podem transmitir a bactéria para os humanos. Por isso, é importante estar sempre atento e tomar as devidas medidas preventivas.

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