Periquitos: quais os cuidados precisam?

Os periquitos estão entre os preferidos de quem gosta de ter aves como animais de estimação. 

Eles são conhecidos por gostar de “conversar”, ou seja, são muito companheiros e carinhosos, além de serem facilmente domesticados. Embora possa parecer fácil manter um animal como esse em casa, ele requer cuidados especiais assim como outras espécies.

Primeiramente, é necessário criar o ambiente ideal para que o periquito viva em segurança e com saúde. Para isso, é necessário que a gaiola seja adequada ao tamanho da ave e tenha bebedouro, comedouro, poleiros e enriquecimento ambiental adequado – como brinquedos e outros objetos próprios para esse fim que desafiam o cérebro do animal. 

Também é essencial garantir que ele esteja protegido do clima, como calor e chuva.

“Quem cria o periquito solto pela casa precisa redobrar os cuidados com a evasão e os predadores. É preciso manter o ambiente fechado e telado, e aparar as penas de uma das asas, com auxílio de um veterinário especializado, para evitar o voo. Em todos os casos, é essencial manter a limpeza do espaço”, afirma Fernanda Battistella Passos Nunes, médica-veterinária e docente da Clínica Médica de Animais Silvestres e Doença de Aves do Grupo UniEduk.

A alimentação da espécie é bem variada. Os periquitos podem se alimentar de ração industrializada peletizada específica para a espécie, com granulometria adequada para o tamanho da ave. Porém, os donos também podem oferecer sementes variadas, verduras (exceto alface), frutas (exceto abacate), legumes crus ou cozidos, pipoca e grãos cozidos sem tempero.

Segundo Fernanda, as patologias mais comuns em aves dessa espécie sob cuidados humanos são desnutrição, verminoses e enterites causadas por protozoários, fungos e bactérias. Fraturas, pneumonia, aerossaculite e outras doenças virais e bacterianas são comuns, portanto, é necessário estar atento a qualquer mudança no comportamento do animal e consultar o médico-veterinário ao menos a cada seis meses.

Espécies e autorizações

Antes de ter um periquito, é preciso saber a procedência do animal para garantir que ele não foi vítima de tráfico. Espécies domésticas, como o periquito australiano (Melopsittacus undulatus), não precisam de documentação e anilha. Porém, espécies exóticas ou silvestres nativas, a exemplo do Agapornes (Agapornis roseicollis) e do Periquito Maracanã (Psittacara leucophthalmus) requerem certificação.

“Para espécies exóticas ou silvestres, há a exigência da aquisição de criadouros autorizados pelos órgãos ambientais competentes, possuindo marcação externa (anilha) inviolável e nota fiscal, além de autorização de transporte emitida pelo Departamento de Fauna das Secretarias do Meio Ambiente de cada estado”, detalha a médica-veterinária.

 

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