Para adotar um animal exotico, antes é importante se certificar do espaço – com a falta de um ambiente propício, dificilmente o pet se adapta. Porém, com a adequação de luminosidade, espaço, temperatura e alimentação, sempre mantendo em mente as especificações e exigências da espécie escolhida, a adaptação se torna algo mais fácil.
Segundo a médica-veterinária Adriana Melo, responsável pelo Consultório Veterinário Adriana Melo, em Recife (PE), os mais escolhidos são os de menor porte, ou seja, pequenos mamíferos como chinchilas, hamsters, coelhos e ferrets – também conhecidos como furões. Um dos motivos pela preferência é o menor gasto financeiro e menor exigência em cuidado diário.
Outros pets escolhidos com frequência são aves como calopsitas e alguns lagartos e serpentes como iguanas, jiboias, geckos e corn snakes.
A veterinária Adriana Melo recomenda pensar nas seguintes questões:
- Eu sei tudo sobre os cuidados necessários para essa espécie?
- Eu tenho de fato espaço/ambiente adequado, e seguro pra ela?
- Eu tenho o tempo necessário para os cuidados que o animal exigirá diariamente?
- Eu tenho a condição financeira para manter o animal , incluindo gastos com veterinário especializado, caso ele adoeça, ou não?
- Todos na minha casa gostam e estão de acordo com a adoção?
Caso as respostas sejam afirmativas, é de extrema importância, antes de adotar, se certificar de quais espécies podem ou não podem legalmente serem mantidas ou criadas em cativeiro/domicilio, diz Adriana Melo.
Existem legislações próprias em cada país, e dentro do Brasil, em cada estado , que regulamenta quais espécies são permitidas ou não, e com qual finalidade podem ser criadas. Além disso, é recomendado procurar um veterinário que possa te esclarecer sobre a raça e animal escolhido.
Cuidados extras | Após obter o novo pet, Adriana recomenda algumas precauções, como evitar que crianças entrem em contato com o animal sem supervisão, pois pode haver risco de acidente para ambos dependendo do comportamento dos dois. Em alguns casos é necessário telar janelas e varandas para evitar fugas dos animais. Se precaver quanto ao fechamento das saídas de esgoto dos banheiros, em caso de se ter em casa pequenos mamíferos, ou psitacídeos.
Em animais que precisem de fontes de aquecimento e luminosidade artificial por exigência física, sempre tomar muito cuidado com possíveis queimaduras por se aproximarem demais, ou choque por morder esses artigos elétricos.
Verificar quais os produtos e utensílios podem e devem ser usados para higiene de recintos e de recipientes, pois podem causar intoxicação, e óbito em casos mais graves.
Em caso de qualquer alteração de comportamento, ou apresentação de sintomas, procurar de imediato assistência veterinária especializada, para sanar o problema o quanto antes, incluindo possibilidade de propagação de zoonoses e antropozoonoses – doenças transmitidas dos animais para os humanos, e doenças transmitidas dos humanos aos animais.