Um peixe com características únicas: ele chama a atenção logo de cara pelo fato de conseguir sobrevoar a superfície do oceano. Mergulhe, ou melhor, voe com a gente no mundo do peixe-voador.
São denominados peixes-voadores qualquer uma das 70 espécies da família Exocoetidae, e apesar de ser encontrado principalmente no Oceano Atlântico, existem variedades em todo o globo.
Seu corpo pequeno e fino possui uma forma aerodinâmica de torpedo, que o faz ter velocidade subaquática suficiente para romper a superfície, planando por alguns segundos sobre a água. Acredita-se que os peixes-voadores apresentem essa habilidade a partir da seleção natural, que privilegiou espécimes que pudessem planar e, dessa forma, não serem devorados por predadores como a cavala, o atum, e o espadarte, entre outros peixes maiores.
Também, pudera. Seria muito difícil para peixes maiores mais pesados abocanhar um pequeno planador que não costuma passar dos 30 cm, mas consegue planar por 15 segundos em cada investida, cobrindo trinta ou quarenta metros. “Eles conseguem chegar a até 60 km/h – comenta Alberto Bacelar dono do canal Alberto Bacelar Aquashow Aquários no YouTube – e é uma espécie com uma grande variedade. Pode habitar águas superficiais de quase todos os mares do mundo. No entanto, ele é mais comumente encontrado em águas mornas de áreas tropicais e subtropicais com grande quantidade de plâncton, que é seu principal alimento. Por ser um animal onívoro, alguns tipos de pequenos crustáceos e peixes, também podem fazer parte do seu cardápio.”
Pesquisadores separam essa espécie em duas categorias, os de duas asas, que são os que possuem barbatanas peitorais muito desenvolvidas, e os de quatro asas, que possuem barbatanas peitorais e pélvicas igualmente desenvolvidas, o que permite que esse segundo grupo faça manobras ainda maiores.
Animal, não é mesmo?
Mas atenção! Essa espécie não é do tipo para se criar em aquários em casa, e muito dificilmente pode ser encontrada em outro habitat a não ser o seu natural.