Buldogues fofos demais! Veja cuidados e curiosidades da raça

Você provavelmente conhece o buldogue. Esse cãozinho é figura carimbada em desenhos animados, quadrinhos e charges, filmes e até apelidou figuras históricas. É o caso do primeiro-ministro inglês Winston Churchill (1874-1965), cuja resiliência – e também o visual – lhe renderam o apelido. Mas para ter uma ideia da popularidade, só nos Estados Unidos, o buldogue representa como mascote cerca de 50 universidades e 250 escolas secundárias! 

 

Cara de bravo para uns, bonachão para outros e ótimo companheiro para muitos, o buldogue realmente é um cão que desperta uma vontade incontrolável de apertá-lo. Mas quais são as características principais dessa raça canina? E, talvez o mais importante, será que este é o melhor cão para você?

 

Um pouco de história

 

De acordo com alguns pesquisadores, as origens do buldogue estão ligadas a raças já extintas de cachorro como o alaunt, utilizado em tempos tão remotos como o séc. V, na Inglaterra. Eles seriam utilizados para cuidar de rebanhos e até mesmo capturar cavalos e javalis. 

 

A raça foi ganhando características próprias e era um dos tipos de cachorros envolvidos nas rinhas com touros durante o séc. XIX. Para que fosse bem sucedido nessa prática tenebrosa, os cães precisavam de muita força no maxilar, então, foram selecionados animais com o focinho cada vez mais curto, e maxilares amplos e rebaixados. Mas a prática brutal na ilha inglesa se tornou ilegal em 1835.  Nesse momento, os buldogues passaram a ser criados em outras partes do mundo, como nos Estados Unidos, França e Alemanha. 

 

É daí, inclusive, que passaram a surgir as variações como o buldogue francês, o americano e o boxer, surgido de cruzamentos praticados na Alemanha. 

 

Características

O American Kennel Club, uma das principais referências mundiais para padronização de raças de cães destaca quão fácil é reconhecer esse animal. Corajoso, amigável e digno, o buldogue é robusto, baixinho, com musculatura forte, e seu visual é um símbolo universal de coragem. E também são versáteis, podendo ser uma boa companhia para o campo e para a cidade. 

 

Não se trata de um cão com excesso de energia, mas a tranquilidade que a raça transmite, no entanto, não pode ser confundida com preguiça. Buldogues apreciam uma boa caminhada, e precisam de exercício moderado, regularmente, com uma dieta cuidadosa, para manter a boa forma. O principal cuidado, no entanto, tem a ver com o focinho curto do nosso amigo, principalmente em épocas de temperatura mais alta. 

 

Durante esse tipo de situação, os donos do buldogue devem evitar que ele permaneça muito tempo no sol, sem uma sombra, e ambientes com muita umidade, ou em locais mal ventilados. O cãozinho pode sofrer um “superaquecimento”. Isso ocorre quando um animal não consegue trocar suficientemente o calor com o ambiente a sua volta – e é comum em animais como o buldogue, com o focinho curto, os chamados braquicéfalos – como boxers, pugs, pequineses, etc. 

 

Se um buldogue está muito agitado e respirando com dificuldade, sua língua ficará de fora, com um tom azulado, ao invés do rosa usual. Se for o caso, imediatamente use água fria para refrescar o corpo do cão, e ofereça gelo para que ele mordisque. 

 

Aliás, desde filhote, uma boa ideia é ensiná-lo a comer cubos de gelo como recompensa, ou  na hora do lanche. Quando pequeno, ofereça pedaços menores até que ele tenha confiança para morder cubos inteiros. A exaustão por calor em cães pode levar a condições graves, e potencialmente fatais, como insolação e parada cardíaca. 

 

Cuidados 

 

Recomenda-se escová-lo duas ou três vezes por semana. É o suficiente para manter o pelo curto do buldogue com uma aparência saudável e bem-cuidada. 

 

Mas é necessário cuidado, também, com a pele do seu amigo. As rugas e dobras no rosto – parte do charme do animal – precisam de atenção para evitar resquícios de alimento ou umidade, o que pode irritar, ou proporcionar infecções e micoses na pele. Utilize, por exemplo, algodão com água oxigenada para limpar a pele, sem se aproximar dos olhos. Para secar, não use talco com perfumes. No lugar, uma alternativa é aplicar uma quantia pequena de amido de milho, aquele da caixa amarelinha. 

 

Buldogues são ótimos com crianças. No entanto, é necessário supervisão – principalmente com as crianças menores. No final das contas, os pequenos precisam entender que cães não são crianças. E os cães, precisam entender que crianças não são cachorros. Observe e responda de forma firme, mas não agressiva, o cão que tiver o instinto de defender seu alimento dos seres humanos, mas oriente os pequenos a não invadirem o espaço do cão – principalmente na hora de se alimentar. 

 

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