Saiba o que fazer se seu cachorro tiver uma crise de convulsão

 

Um ataque de convulsão pode ser assustador para os tutores de cachorros. O pet contrai seus músculos de forma involuntária, saliva e late de forma repentina e sem parar. É preciso estar preparado para agir em um momento difícil como esse. É correto segurar o pet, impedindo seus movimentos? Deve-se levar o animal diretamente ao veterinário ou esperar a convulsão passar? Deve-se segurar abrir a boca ou segurar a língua do bichinho?

 

Para responder a essas dúvidas, o Portal Melhores Amigos entrevistou Isabela Ribeiro, veterinária da Petvi. “A convulsão é um distúrbio cerebral em que basicamente todos os neurônios estão hiperexcitados ao mesmo tempo”, explica a especialista.

 

Causas

 

A convulsão pode ser idiopática, em que não é possível saber ao certo qual o fator desencadeante. Nesses casos, suspeita-se de uma origem hereditária, causada pela mutação de algum gene específico.

 

Outras causas para crises convulsivas incluem: intoxicação por venenos, distúrbios metabólicos (hipoglicemia, insuficiência renal), tumores, inflamações no sistema nervoso central, traumatismo craniano, epilepsia, e outros distúrbios que causam danos estruturais no cérebro.

 

Prevenção

 

“Como as causas são variáveis, podendo ser até mesmo hereditárias, a prevenção deve ser feita a partir de ferramentas que melhorem o estado de saúde geral do pet”, afirma a veterinária.

 

Segundo ela, isso é possível com uma alimentação balanceada, atividade física adequada e também com uso de suplementos de qualidade, compostos por nutrientes que irão proteger o sistema neurológico e melhorar a atividade cerebral. Ela cita o Triptofano, MCT, Extrato de blueberries e Ômega 3.

 

No caso da convulsão por intoxicação por venenos, há dicas importantes de prevenção, como manter o pet longe de venenos ou plantas que possam intoxicá-lo e ter em casa produtos emergenciais (como o gel de carvão ativado).

 

Sinais do quadro de convulsão

 

Contração involuntária de todo o corpo ou parte dele (movimentos de pedalagem)

 

Vocalização (latidos, choros, uivos)

 

Salivação intensa

 

Perda da consciência

 

 

PASSO A PASSO NO CASO DE CONVULSÃO

 

 

Passo 1: Mantenha o pet em local seguro

 

“A primeira coisa a fazer quando perceber que seu pet está tendo uma convulsão é mantê-lo em um local seguro e calmo”, explica Isabela. “De preferência no chão, com almofadas ou acolchoado, de forma que seus movimentos involuntários não culminem em queda ou machucados”. É errado segurar o bichinho para impedir seus movimentos!

 

Passo 2: Retire objetos da boca e do corpo

 

Retire qualquer alimento (ou mesmo ossos ou brinquedinhos) que o animal possa ter na boca – mas atenção para não abrir nem forçar a boca do pet. Retire roupinhas, coleiras ou outros objetos de seu corpo. Não dê líquidos para o bichinho.

 

Passo 3: Mantenha o ambiente limpo

 

Em um quadro de convulsão, o cachorro pode urinar ou defecar no chão de forma involuntária. Mantenha o local limpo.

 

Passo 4: Aguarde alguns minutos 

 

Agora é preciso aguardar a crise passar. Uma crise convulsiva pode ser muito curta, e durar de 2 a 10 minutos, como também pode levar horas até o animal não apresentar nenhum sinal da doença. “O ideal é sempre ficar por perto, demonstrando carinho e segurança para seu pet. Isso o ajudará muito nesse momento”, afirma a veterinária.

 

Passo 5: Procure um veterinário

 

É preciso procurar um veterinário o mais rápido possível. “Mesmo que a convulsão passe por conta própria, o ideal é buscar avaliação veterinária em seguida, pois receber o diagnóstico e orientações adequadas serão primordiais na prevenção de novas crises e para evitar problemas mais graves”, diz Isabela.

 

 

O que não fazer durante uma crise

 

Não se desespere. É preciso manter a calma para cuidar do seu pet

 

Não abra ou force a boca do pet, nem fique segurando a língua dele para fora

 

Não dê leite ou qualquer outro alimento

Não dê banho gelado

 

Não coloque o pet na cama ou no sofá (para evitar quedas com seus movimentos involuntários)

 

 

 

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