Levar o pet ao veterinário uma vez ao ano, fazer aquele check-up e observar o animal frequentemente. Os tutores que fazem esse procedimento com frequência tendem a identificar possíveis problemas com antecedência em seus caninos. Em algumas consultas periódicas, é possível que os testes indiquem fosfatase alcalina elevada. A produção da enzima em excesso está associada a diversos problemas, e é preciso investigar.
Identificada através de um exame de sangue, a fosfatase alcalina é uma enzima que acelera a velocidade das reações químicas no organismo. “Ela pode ser produzida em mais de um órgão do corpo, e não apenas no fígado como muitos pensam”, explica Jessica Corrá Guimaraes, médica veterinária especializada em clínica e cirurgia de pequenos animais e Endocrinologia Veterinária.
De acordo com a médica veterinária, a enzima é mais uma marcadora de algum problema do que a causa. “O índice elevado pode estar relacionado a diversos motivos, como alterações no fígado, fraturas e até alterações endócrinas”.
Como ela é um sintoma e não o problema em si, é preciso investigar a causa. Existem muitas possibilidades: problemas hepatobilares, musculoesqueléticos, endócrinos, intestinais, neoplasias e até mesmo fome severa. “O importante é partir do princípio que a fosfatase está elevada e considerar também outros sintomas para que o diagnóstico seja mais assertivo”, orienta a veterinária.
Existe também um exame que pode facilitar o diagnóstico, que mede frações da fosfatase alcalina. “O exame nos dá os valores elevados no local onde está a produção. Assim é possível identificar a origem do problema e iniciar o tratamento adequado”.
O tratamento para a fosfatase alcalina não é universal e depende unicamente do diagnóstico correto. “Não existe um remédio milagroso, e sim um diagnóstico milagroso, que é o diagnóstico precoce. Portanto, é muito importante manter os exames do cachorro em dia, protocolo de vacinação atualizado e condições de vida adequada para o animal. Um tratamento bem sucedido é aquele que age rapidamente no problema”, conclui.