É mais do que comum compararmos hábitos, ações e até problemas de saúde dos pets com aqueles nossos, dos humanos. Mas isso não é apenas praticidade. Cães e humanos têm 85% de semelhança entre os seus códigos de DNA. No caso dos gatos, a semelhança é de 90%. Isso ajuda a explicar por que, em linhas gerais, as dicas para manter esses dois pets saudáveis (os mais populares) são muito semelhantes àquelas que deveríamos adotar para uma vida humana saudável.
“É necessário levar em consideração as necessidades específicas de cada espécie, mas de forma geral, alimentação apropriada, vacinação em dia, exercícios físicos e atividades lúdicas e intelectuais – como brincadeiras e desafios – são a chave para uma vida boa. E isso tudo é muito parecido com o que deveríamos fazer com nossa rotina”, explica o médico-veterinário Carlos David Castro. Para além de evitar doenças, um pet saudável vai ter disposição e comportamentos adequados.
Então, o primeiro passo é checar se ele está com as vacinas em dia, principalmente se ainda for um filhote. Mas cães resgatados precisam – e muito! – de um bom checkup assim que você sair do abrigo de animais.
Outro ponto importante é oferecer o alimento apropriado. “Existem rações para diferentes tamanhos de cães porque cada tipo de porte e idade têm necessidades nutricionais diferentes, assim como um halterofilista, por exemplo, tem necessidades muito diferentes daquelas de um professor de yoga, e ambos têm necessidades muito diferentes daquelas de uma tenista profissional, por exemplo”. Por isso a maneira mais prática de oferecer o alimento correto a seu animal é escolher uma ração de boa qualidade, que é produzida com os nutrientes na medida para seu animal. Oferecer uma ração para outro tipo de pet, ou apostar somente na comida feita em casa pode causar diversos problemas de saúde, desde a queda de pelo em excesso, a obesidade e problemas digestórios.
Uma visita ao veterinário é importante também para ter ciência das doenças crônicas mais comuns na raça e espécie, e como evitá-las ou, retardá-las. E OK, seu pet não fala. Mas ele se comunica o tempo todo. Se ele estiver aparentando tristeza, desânimo, falta de apetite ou rosnar na hora de receber um carinho, é hora de ficar alerta. Esses são sinais de que algo pode estar errado. “Cães de maior porte, por exemplo, têm tendência a desenvolver problemas como a displasia coxofemural, um problema de articulação. Já gatos, de maneira geral, têm maior propensão a problemas nos rins”, diz o veterinário.
A preocupação com pulgas e carrapatos é uma realidade, mas fácil de evitar, e de diversas formas. Desde bisnagas até medicamento ingeríveis, que garantem muitas semanas de proteção. Caso encontre algum desses parasitas no animal, não perca tempo em resolver o problema, pois podem se tornar vetores de doenças para pets e humanos.
Vida saudável é também vida em ambiente limpo. Você sabe, cães precisam tomar banho. Gatos, apenas em raras ocasiões, mas vivem se limpando. Hamster e chinchilas se limpam com produtos em forma de pó que absorvem a sujeira e oleosidade. Mas a higiene é fator primordial para a saúde de qualquer pet, não apenas do animal, mas também do local onde ele está. Um ambiente repleto de sujidades pode atrair vetores de diversas doenças, que – mais uma vez – podem se espalhar não apenas entre os pets da casa, mas também entre os seres humanos.
Via de regra, cães precisam ter espaço para praticar exercícios físicos, principalmente se você não tem um quintal amplo para que ele possa esticar as pernas, sentir os odores do mundo e explorar. Já os felinos precisam ter, dentro de casa, um ambiente enriquecido para se sentirem estimulados, praticar exercícios e praticarem seus instintos.