Ele é sociável, fiel ao dono, fácil de ser treinado, inteligente, amável com toda a família e com os outros bichos da casa. Com todos esses predicados, o Labrador é ótimo candidato para terapias assistidas diversas, mas precisa ser muito bem treinado para isso.
A superintendente técnica da ONG Patas Therapeutas (http://patastherapeutas.org/), Silvana Fedeli Prado, lembra que os Labradores são excelentes cães guias e auxiliam pessoas com mobilidade reduzida. Contudo, têm muita energia para gastar e, portanto, é importante passear diariamente com o animal, fazendo-o se movimentar e ter contato com outros bichos. “A princípio, não é um cão recomendado para terapia com idosos ou cadeirantes”, afirma Silvana.
Antes de o Labrador auxiliar na terapia assistida, ele precisa necessariamente ser castrado e ter o adestramento básico, recomenda a especialista. Ainda que seu temperamento seja naturalmente agitado, a ONG trabalha com Labradores que estão acostumados a “se comportar” em ambientes como hospitais, mas precisaram de tempo e paciência para conseguirem se adaptar a trabalhar com idosos e crianças. “Depende muito para quê e para quem o cão vai ser utilizado, daí a importância da escolha e do tipo de treinamento”.
Ela lembra ainda que é fundamental saber a procedência do Labrador antes de torná-lo “terapeuta”, buscando informações sobre a linhagem e até realizar testes específicos antes de adquirir um. Por fim, Silvana afirma que o segredo é tratar o Labrador com o equilíbrio condizente com o tipo de temperamento dele, como todo pet, ou seja, permitir que ele gaste energia no seu tempo, pois certamente ele irá se comportar bem quando for preciso.
Da Redação