cachorro deitado

Streptococcus: como manter seu cão longe destas bactérias!

O nome é complicado, e ela pode surgir em diversos locais do corpo do animal, mas os males causados por esse tipo de bactéria, via de regra, são infecções. São mais perigosas em animais idosos ou em filhotes, pois ambos possuem um sistema imunológico enfraquecido, no caso dos cães mais velhinhos, ou ainda em formação, no caso dos filhotes. As Streptococcus podem causar diversas doenças, causando morte celular das hemácias, e conseguem viver com ou sem oxigênio. Podem estar presentes na pele e mucosas do trato digestivo, genital e respiratório, dividindo-se em 111 espécies e 22 subespécies (!), podendo atacar diversos animais e humanos.

No caso do seu amigo canino, um dos tipos mais comuns é o Streptococcus pneumoniae, também chamado de pneumococo, responsável por quadros de pneumonia. Pode acometer diversos tipos de animais, causando infecções possibilitadas por fatores como o estilo de vida, idade e genética do indivíduo. A transmissão geralmente ocorre por meio de secreções do animal, como saliva e muco. Trata-se de uma doença com tratamento bastante eficiente, na maioria dos casos, mas deve ser acompanhado com atenção para que casos de alto risco, como hipoxemia (baixa quantidade de oxigênio no sangue arterial) e sepsia (infecção do sangue por bactérias geradoras de pus) sejam evitados a todo custo. Se o seu cão apresentar sintomas como febre, tosse, apatia e dor localizada em algum ponto do corpo, bem como dificuldade para engolir, você deve levá-lo ao veterinário, sempre evitando a automedicação. Todo cuidado é pouco, já que pode haver transmissão entre animais e humanos, principalmente em pessoas que, assim como os animais, estejam com a imunidade baixa. A Streptococcus zooepidemicus também é conhecida como criadora de risco da pneumonia em cães e outros animais.

Já a Streptococcus canis também é responsável por quadros como infecções da pele, infecções genitais, faringites e até mesmo quadros de endocardites (infecções no tecido interno do coração).

Se há tantos riscos, como posso proteger meu cão?

Se a possibilidade de doenças é ampla, medidas simples que garantem uma boa vida para seu cãozinho podem ajudar, de maneira cotidiana, a manter esse tipo de perigo longe da sua casa. Um ambiente limpo e que não cause estresse para ele é um bom começo. Locais superpopulosos e o contato com animais doentes devem ser evitados. Também é extremamente importante que os animais recebam vacinação periódica para prevenção de doenças.

Se o médico veterinário detectar um quadro causado por Streptococcus, o tratamento com base em antibióticos geralmente é o caminho a ser seguido. Isto significa que os horários e doses da medicação devem ser seguidas à risca, para garantir a recuperação total do animal.

“Curiosidade do bem”

Apesar de um amplo número de enfermidades possuir como responsáveis as bactérias desse gênero, nem tudo são horrores. Quando falamos em alimentos probióticos, muitos podem levar em sua formulação a Streptococcus thermophilus, organismo utilizado na fabricação de iogurtes e que ajuda na proteção do tecido intestinal dos tutores do cachorro.

No caso de bactérias, como tudo na vida, não existe uma linha que divide o bem e o mal. O importante é ter carinho e atenção com seus animais de estimação, evitando excessos e dando sempre muito amor!

 

Revisão técnica: Mayara Ramos da Silva, médica veterinária.

Referências: 1, 2 e 3

 

 

Por André Spera
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