terrier

Você conhece os cachorros do Grupo Terrier?

Animais desta raça são considerados fáceis de criar, exímios caçadores e cheios de energia, mas exigem espaço e dedicação de seus donos.

Quem já teve um animalzinho das raças Bull Terrier, Fox Terrier, Cairn Terrier, Terrier Brasileiro ou Yorkshire Terrier sabe que, fisicamente, eles parecem ser animais bem diferentes. No entanto, estas raças têm várias características em comum. A palavra “terrier”, que designa a raça, vem do latim medieval “terrarĭus” ou “aquele que é da terra”. Segundo o dicionário Houaiss, o termo define a “família de cães de origem inglesa, que compreende grande variedade de raças; são usados na caça de coelhos e outros animais que habitam toca ou covil”.

Esses animais fazem parte do Grupo 3 (Grupo Terrier), segundo a classificação da Federação Cinológica Internacional (FCI), que divide as raças caninas em 10 grupos oficiais de acordo com a função, tipo físico ou história da raça. Atualmente, existem mais de 40 raças reconhecidas internacionalmente no grupo Terrier. Trata-se de animais de menor porte e que, por isso, são considerados fáceis de manter, mas lembre-se que, como caçadores e cavadores natos, eles também têm muita energia. Em espaços apertados, podem se tornar rabugentos e avessos a estranhos. Por isso, para evitar que se tornem agressivos, é importante que sejam socializados desde pequenos.

Curiosidade

Dentre as três raças nacionais reconhecidas pela Federação Cinológica Internacional, está o Terrier Brasileiro (popularmente conhecido como Fox Paulistinha). Apesar de ter sido reconhecido pela FCI apenas em 1994, a história destes animais está envolta em várias teorias que remontam a época de ocupação do Brasil pelos portugueses. Informações oficiais do padrão da raça, da Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), atribui sua origem ao processo de intercâmbio de estudantes brasileiros, especialmente para França e Inglaterra, no final do século 19 e começo do 20. “Estes jovens frequentemente retornavam casados e suas esposas traziam com elas um cão pequeno do tipo Terrier”, segundo o manual da CBKC. Já nas fazendas dos jovens viajantes, estes cães acasalavam-se com os animais locais, formando o novo fenótipo em poucas gerações.

A Associação Brasileira do Terrier Brasileiro (ABTB) tem uma versão diferente dos fatos, que remonta a época das navegações. “Nas grandes viagens, os marinheiros costumavam levar pequenos ratoneiros que caçavam os ratos no porão dos navios. Além da companhia que proporcionavam, ainda eram muito úteis, até na prevenção de doenças, sobretudo a leptospirose”, informa o portal do Canil Terra de Vera Cruz. Em 1808, com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, a abertura dos portos intensificou o comércio, e muitos desses cães acabaram se tornando objeto de escambo. “Muitos  Terriers foram deixados nos países visitados e, cruzados com os cães locais, formaram novas raças. No Japão, criaram o Terrier Japonês e aqui na América do Sul, o Terrier Brasileiro”, conta o Canil Terra de Vera Cruz.

Agora você já sabe o que quer dizer o “Terrier” do nome da raça do seu amicão.

 

Por Regiane de Oliveira         
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