Tudo o que você precisa saber sobre o Baiacu Amazônico

No mundo dos cães, gatos, roedores e outros pets, cada bichinho possui características próprias que determinam a sua raça, espécie e até origem. No universo aquático dos peixes, não é diferente. Por isso, apresentamos o Baiacu Amazônico, um peixe para lá de singular e especial.

O Baiacu Amazônico é encontrado na Bacia Amazônica, do Peru ao Brasil, e tem um corpinho diferenciado que, no lugar de escamas, possui um tipo de “couro” com textura de borracha. Quando adultos, possuem, em média, 8 cm de comprimento – portanto, não confunda esta espécie (Colomesus asellus) com o baiacu-papagaio (Colomesus psittacus) que pode chegar a 30 cm na idade adulta.

Geralmente, eles apresentam uma coloração verde brilhante, mesclada com listras pretas e a barriguinha branca. O Baiacu Amazônico tem os olhos nas laterais da cabeça e é uma das poucas espécies que conseguem piscá-los e até fechá-los totalmente. Sua principal característica é a técnica de autoinflar, utilizando seu estômago elástico e a água ou ar ingeridos para se defender de possíveis agressores.

“O Baiacu Amazônico pode ser criado domesticamente, levando em consideração que ele é um pouco territorialista e agressivo. Se os peixes das outras espécies com quem ele vai conviver forem muito calmos, o Baiacu pode ficar beliscando e mordiscando a cauda e nadadeiras deles, podendo até levá-los a óbito”, explica Everton dos Santos Campos, atendente da equipe Eco Marine, rede de lojas especializadas em aquários, presente em todo o Brasil.

Tendo em mente que o ideal é que o Baiacu Amazônico seja criado sempre com espécies mais rápidas e ágeis, mas não necessariamente maiores que ele, as adequações do aquário não têm muito segredo. “Eles devem ser criados em água doce, com PH ácido e temperatura média de 28°C”, descreve Everton.

É importante ressaltar que se trata de uma espécie que prefere comer alimentos frescos, como camarões, caramujos e minhocas. Inclusive, a alimentação com caramujos serve para os Baiacus desgastarem seus dentes que não param de crescer. Portanto, não é recomendado alimentar estes olhudinhos inflados somente com ração ─ que, aliás, deve ser granulada.

 

 

 

Por: Paula Soncela
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