cachorro na mala

Tudo o que você precisa saber para viajar com seu pet

Suas tão aguardadas férias estão chegando e você não vê a hora de pegar as malinhas para viver num universo paralelo, durante alguns dias, com sua companhia preferida: seu pet.

Para não ter dor de cabeça na hora de botar o pé na estrada, nas nuvens ou no mar, aí vão algumas informações indispensáveis para transportar seu bichinho de estimação com segurança e dentro da lei.

 

Informações básicas

Independente do meio de transporte e do destino da viagem, é imprescindível que seu animalzinho esteja com as vacinas, vermifugações e outros cuidados de saúde em dia.

Para comprovar que seu pet está apto a viajar, é obrigatório apresentar o “Atestado de Saúde” ou “Certificado Sanitário”, emitido por um médico veterinário devidamente registrado no CRMV-UF e cadastrado no Ministério da Agricultura. Leve seu mascote para um check-up veterinário para emitir este documento com, no máximo, 15 dias de antecedência à data de embarque.

A identificação do bichinho nesta hora também é mais do que recomendada, já que tudo pode acontecer. Existem várias formas de identificá-lo, seja com uma coleira contendo informações sobre o proprietário, com o Registro Geral do Animal (RGA) – no caso de São Paulo –, com o microchip ou a tatuagem.

Desde 2004, também é possível emitir um passaporte para cães e gatos que valerá por toda a vida do animal (não necessitando de reemissão ou renovação) e substitui o Certificado Veterinário Internacional (CVI), que deve ser reemitido a cada viagem. Por outro lado, o certificado é aceito em, praticamente, todo o globo enquanto o passaporte só vale dentro do Brasil e nos países do Mercosul, como Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Lembrando que cães e gatos NÃO necessitam da Guia de Trânsito Animal para viagens terrestres e aéreas.

 

ÔNIBUS

gato passeando de coleira

Se você for pegar a estrada com seu amigo canino ou felino, vai precisar comprar a sua passagem e a do seu pet. Feito isso, tenha o Atestado de Saúde dele em mãos e uma caixa de transporte (adequada ao tamanho do animal, obviamente) para levá-lo ao seu lado na poltrona.

Durante as paradas, é permitido tirar seu amigo da caixinha para dar uma volta, esticar as pernas, comer e ir ao banheiro – ou seja, fazer tudo que nós humanos fazemos.

Mas, atenção: são permitidos apenas dois animais transportados por ônibus, por isso, seja bem claro ao comprar a passagem, especificando que um dos tickets é para o seu pet e, assim, evite confusões na hora do embarque.

Em casos de roedores e pequenos animais, o ideal é conversar com a empresa de ônibus para saber como proceder.

 

AVIÃO

caixa de transporte avião

Para passear pelas nuvens com seu animal de estimação, as regras determinadas pelas empresas aéreas são bem parecidas. Geralmente, dentro da cabine, é permitido o transporte de cães e gatos de pequeno porte que tenham mais de quatro meses de idade e que não pesem mais de 10 kg – contando com a caixa de transporte.

Como mencionado inicialmente, as vacinas e vermifugações devem estar em dia, bem como deve ser apresentado o Atestado de Saúde e o CVI ou passaporte no caso de viagens internacionais. Por questões de bem-estar do bichinho, algumas companhias não transportam caninos e felinos braquicefálicos (de focinho curto), como cães da raça Pug e Buldogue e gatos Persa.

A caixa de transporte – ou pet contêiner – deve ser ventilada e apresentar dimensões que permitam que o animal fique de pé e consiga dar uma volta completa ao redor de si mesmo dentro dela. O material deve ser resistente o suficiente para proteger o bichinho de impactos e o piso deve absorver ou conter fezes e urina.

Ao adquirir uma caixa de transporte para seu pet, escolha sempre a que prover maior segurança e conforto para o animal e para quem for transportá-lo. Não faça a besteira de querer economizar neste item!

O valor para transportar animais pode variar de uma companhia para outra, mas, normalmente, ele é calculado conforme o preço da passagem e o peso do bichinho – mais um motivo para não deixar seu pet obeso.

Sempre chegue com, pelo menos, duas horas de antecedência ao embarque e caso surja alguma dúvida nos preparativos, entre em contato com a central de atendimento da empresa aérea. Para ajudar a nortear os passageiros, a LATAM, Gol, Azul e Avianca disponibilizam um guia de informações em seus respectivos sites.

 

CARRO

cachorro viajando de carro

O carro é a opção menos burocrática e mais “livre”, por assim dizer. Porém, ela não está isenta de normatizações.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, é proibido transportar o animal solto dentro do carro, no colo, do lado esquerdo (entre o corpo e a porta) ou no banco do passageiro. Além de ser uma distração para o motorista e colocar a segurança de todos em risco, se um fiscal parar você na estrada, é multa e ponto na carteira de motorista na certa.

 

NAVIO

cachorro na piscina

Segundo a regra geral, não é permitido viajar com seu pet a bordo de cruzeiros, por conta dos navios não possuírem estrutura adequada para atender as necessidades dos bichinhos. Além disso, a maioria dos portos proíbe o embarque e desembarque de animais de estimação.

O único cruzeiro em que é possível ir acompanhado de seu amigo peludo é no luxuoso Queen Mary 2, da Cunard, nos trechos entre Nova York, Southampton e Hamburgo. Mesmo assim, os animais devem ficar em um espaço reservado especialmente para eles e não podem perambular pelo deck com seus tutores.

 

Lembrando que as informações acima valem para os animais de companhia e não de serviço, como o cão-guia, que tem muito mais “liberdade” para circular por aí com seus humanos.

E, mesmo com todas estas informações em mãos, antes de decidir levar seu pet na viagem, use sempre o bom senso e averigue as condições de transporte e do próprio local de destino para ponderar se será tão prazeroso para o bichinho quanto para você embarcar nesta jornada.

 

Paula Soncela
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