Hipertermia em cães: sintomas, cuidados e tratamento

Quem não gosta do verão? É, sem dúvida, a estação mais querida dos brasileiros!

Mas, caso você tenha um cachorrinho, há um cuidado todo especial que você precisa ter durante esse período. Em uma palavra: hipertermia.

Trata-se de uma condição grave que provoca um aquecimento exagerado do corpo dos cães. A regulação térmica corporal deles é feita, basicamente, através da respiração, e esse sistema por vezes não dá conta do recado. Como resultado, o animal fica vulnerável ao forte calor.

“A hipertermia é o aumento da temperatura corpórea. A temperatura normal nos cães é de 38,5º C a 39º C. Quando esta chega próxima a 40º C, é um sinal de que o cão está apresentando a condição”, afirma Juliana Bulhões, médica veterinária do Hospital Veterinário, Pet Shop & Hotel Sena Madureira.

Para prevenir a hipertermia, Juliana recomenda os seguintes cuidados básicos – lembrando ainda que esses cuidados devem ser redobrados do verão:

  • Manter o cachorrinho em ambientes arejados, com água e sombra à disposição
  • Não passear nos horários mais quentes do dia, ou seja, entre 10h e 16h
  • Evitar exercícios físicos intensos
  • Evitar o uso de focinheiras fechadas.

Como prevenir e tratar

A hipertermia atinge principalmente cães de raças braquicefálicas, como Pug, Boxer, Shih tzu, Ilhasa apso e Bulldog. Eles são mais propensos a desenvolver o quadro devido à conformação anatômica do focinho, o que dificulta a troca de calor com o ambiente. Cachorros obesos e idosos também têm maior probabilidade de apresentá-la.

A identificação de um quadro de hipertermia só pode ser feita por um médico veterinário. De todo modo, fique atento a sintomas como:

  • Dispneia intensa (animal muito ofegante)
  • Salivação excessiva
  • Cianose (língua azulada)
  • Mucosas hiperêmicas (vermelhidão)
  • Andar descoordenado
  • Vômitos e diarreia
  • Convulsões

“Animais com esses sintomas devem ser levados ao veterinário com urgência para tratamento”, enfatiza Juliana. “Como medida emergencial, pode-se resfriar o animal com colchões térmicos gelados e levá-lo a um ambiente com ar-condicionado. O tratamento médico veterinário, no entanto, é primordial”.

 

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