Herói canino: conheça a trajetória de um cão-policial

Vida de cachorro não é nada fácil, como já diz o ditado popular. Imagina, então, a vida de um cão da Polícia Militar? Eles são verdadeiros heróis e estão por toda parte, trabalhando e zelando pela nossa segurança, seja nos estádios de futebol, nos aeroportos ou farejando objetos em investigações criminais. E, para realizar estes trabalhos complexos, os cãezinhos têm que ser muito bem tratados e treinados.

Primeiramente, existem alguns pré-requisitos que devem ser preenchidos. “O cão deve possuir temperamento compatível com o serviço policial, estar apto clínica, profilática e radiologicamente e possuir o Certificado de Registro de Origem (Pedigree)”, explica Ivan Garcia Souza, primeiro tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo, subcomandante do Canil Central da PMESP.

De acordo com o primeiro tenente, “o treinamento do cão policial depende de sua idade. O manejo de filhotes já é um treinamento em que são estimulados os impulsos de interesse do serviço policial. Na fase de aprendizado, são realizados treinos curtos, várias vezes ao dia, em que os impulsos que foram estimulados quando filhotes são direcionados para as especialidades que irá desempenhar”.

É primordial manter o cão motivado para seu próprio equilíbrio mental e para obter bons resultados no trabalho. “O enfoque no aprendizado é o sistema de reforços para que o cão trabalhe sempre motivado, o que garante o bem-estar do cão policial e a boa qualidade dos resultados do serviço prestado”, relata o subcomandante.

“Quando o cão já está pronto – o que ocorre normalmente entre os 18 e 24 meses de vida –, são realizados treinos de manutenção, que se traduzem em simulações das possíveis situações com as quais ele irá se deparar no dia a dia”, conta o tenente.

Mas, quais as principais tarefas que um cão treinado e pronto para “ir a campo” pode executar? “O policiamento ostensivo com cães, varreduras de detecção de substâncias explosivas, varreduras de detecção de drogas ilícitas, busca de pessoas perdidas, busca de marginais homiziados [foragido], demonstrações de cunho educacional e recreativo, policiamento em local de eventos e em praças desportivas, controle de distúrbios civis, entre outras”, descreve o subcomandante.

 

 

 

Por: Paula Soncela
Veja Também