Gatos podem sofrer com ansiedade da separação em viagens, mas existem muitos meios de preparar seu bichinho para este momento

O gato é um animal conhecido por sua independência. Mas isso está longe
de significar que ele é indiferente a presença do tutor: ao contrário, os
felinos podem ser muito apegados afetivamente aos seres humanos. Por
isso todo tutor de gato tem um desafio ao ter que viajar e deixar o
bichinho sozinho, com visitas esporádicas de algum amigo/parente para
colocar ração, trocar água e a areia da caixa.
Vanessa Zimbres, médica veterinária e proprietária da clínica Gato É Gente
Boa, dá algumas orientações que podem ser tomadas nesta situação. A
primeira é: identificar se o gato sofre de fato com essa ausência. “Às vezes
achamos que o gato irá sofrer, mas ele irá continuar em sua rotina, eu seu
ambiente e pode ser que ele leve numa boa esse período”, afirma.
A médica veterinária recomenda que nas semanas antes da viagem, o
tutor passe a chegar em casa meia hora mais tarde que o habitual, depois
uma hora. Para então verificar como o gato reage. “Se o gato não lida
bem, ele começa a vocalizar muito, fazer fezes e urinas em lugares
inapropriados, ter comportamentos anormais para ele, como destruir um
sofá e mexer em lixo”.
Caso esses comportamentos apareçam, é necessário planejar com cuidado
a ausência. No caso de se optar um por um pet sitter, é preciso que o
profissional faça visitas anteriores para que o gato se acostume a ele.
Mesma coisa caso a tarefa fique com um amigo ou parente.
“Se for um fato sociável, é legal que a pessoa fique uma meia hora
brincando com ele. Mas se for um gatinho mais medroso, a pessoa deve
chegar, trocar a ração, a água e a caixa de areia e sair, sem contato, para
evitar stress no gato”, diz Vanessa.
Hotel
Caso o tutor opte por deixar o gato em um hotel, é importante checar que
a instituição possui um médico veterinário especialista em felinos. Isso

porque caso se desencadeie uma Síndrome de Pandora, o tratamento
adequado será feito.
A Síndrome de Pandora é o termo mais recente usado para denominar um
conjunto de distúrbios que resultam, dentre outras afecções, a cistite
intersticial felina.
“Um clínico-geral pode tratar com antibióticos, o que não resolve e até
pode piorar. Já um médico veterinário especialista saberá fazer o
diagnóstico, administrar o tratamento com analgésicos e, se for o caso,
encaminhar para um especialista em comportamento felino”, afirma
Vanessa.
Mudança na dieta
Caso seja um gato já com histórico de sofrer com stress, um uso de florais
associados ao feromônio sintético é cabível. “Em caso de stress crônico,
podemos adicionar na rotina a vitamina a base de triptofano, que é um
precursor de serotonina e já oferece um bem estar maior ao gatinho”, diz
Vanessa.

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