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Dupla de Golden Retrievers leva amor a crianças hospitalizadas

Crianças costumam adorar cachorros. A parceria e cumplicidade que um menino ou menina pode desenvolver com seu cãozinho é incrível. Os benefícios desta interação, no entanto, podem ser ainda mais profundos e ter utilidades terapêuticas. No Cincinnati Children’s Hospital Medical Center, nos Estados Unidos, uma dupla de Golden Retrievers – uma raça extremamente dócil e companheira – está sendo usada em um projeto de Terapia Assistida por Animais (TAA) com crianças que passam por tratamento médico. “Iniciamos esse trabalho em fevereiro deste ano. É um programa jovem, mas mesmo assim, já muito forte”, afirma a Dra. Sharon McLeod, coordenadora da iniciativa e diretora clínica sênior da unidade Child Life and Integrative Care do hospital. A TAA é uma técnica cientificamente comprovada e tem como objetivo específico utilizar o animal de estimação no contato entre humanos e animais.

Um dos cachorrinhos que “trabalha” no hospital é a Leica, que interage com os pacientes ambulatoriais, nos setores de reumatologia, durante as sessões de injeção de botox e também nas clínicas de ortopedia, tratamento primário e pediatria comportamental. O outro cãozinho, Drummer, passa a maior parte de seu “turno” com crianças que estão hospitalizadas e não contam com a presença dos pais ou de um adulto responsável.

Segundo a Dra. Sharon, o contato com os peludos diminui a ansiedade dos pequenos pacientes, especialmente quando precisam tomar injeções ou fazer exames. As crianças podem, ainda, contar com Leica e Drummer quando estão se sentindo tristes, com medo, solitários ou bravos.

Amor incondicional

Os familiares dos pacientes e os próprios funcionários do hospital também se beneficiam do convívio com a dupla de Golden Retrievers. “Uma vez, os funcionários da UTI estavam tristes porque ocorreram vários óbitos em um espaço de apenas 24 horas. Eles pediram, então, para brincar com os cachorros. Levamos até eles o Drummer, que alegrou o pessoal durante a hora do almoço. O amor incondicional que um cachorro leva para todas as situações é sempre positivo”, comenta a Dra. Sharon.

Cada cachorro vê de 8 a 10 pacientes por dia, em visitas que podem durar de 15 minutos a mais de uma hora. A Dra. Sharon ressalta que a dupla não é forçada a nada e nem faz exaustivos turnos de trabalho de horas e horas. “Os cães não ficam 8 horas seguidas com as crianças. Eles descansam várias vezes e, no final de cada dia, vão para casa com seu tutor, um profissional especializado no tratamento de crianças”, explica.

 

 

 Caio Ramos

 

 

 

 

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