Doença renal em gatos: o que é, quais os sintomas e como tratar

A maioria dos tutores de felinos já deve ter ouvido falar que os gatos são mais propensos a desenvolverem problemas no sistema urinário e com certeza ficou com a pulga atrás da orelha (humana) achando que seu bichano é um potencial “renal”.

Então, vamos elucidar algumas questões essenciais para o seu bem-estar e do seu pet…

O que é a doença renal em felinos

Primeiramente, é importante saber que a doença renal pode ser dividida em aguda ou crônica, cada uma com suas causas.

“A doença renal aguda é um dano abrupto da função de filtração do rim e pode ser causada, principalmente, por intoxicações (plantas e medicamentos), traumas (como atropelamentos), obstrução uretral ou ureteral e infecções. Já a doença renal crônica é uma perda lenta e gradual da função de filtração do rim que pode ocorrer, sobretudo, por desgaste crônico do órgão pela idade, predisposição genética do animal, alteração congênita ou por causas infecciosas e endócrinas”, esclarece Fabiana Cecília Cassiano, médica veterinária especializada em medicina felina, da clínica Gattos, de São Paulo.

Sintomas

Segundo a especialista, nos casos agudos, os sintomas são abruptos, sendo os principais: vômitos frequentes, perda de apetite, náusea, dor abdominal (em alguns casos) e apatia.

“Já quando se trata de um caso crônico, as manifestações clínicas só são evidentes após perda de, aproximadamente, 75% do parênquima renal. Dentre as principais manifestações estão: ingestão exagerada de água, maior produção de urina, urina mais clara e com cheiro mais fraco devido a menor densidade da mesma, perda de peso, perda de apetite, desidratação, apatia e vômitos”, aponta Dra. Fabiana.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico correto da doença renal aguda ou crônica pode ser feito somente pelo médico veterinário por meio de exame físico e exames complementares como o de sangue, urina, ultrassonografia e radiografia abdominal (quando necessário).

“O tratamento depende muito do caso e pode variar de internação e tratamento intensivo para casos agudos até a troca de dieta, medicamentos e fluidoterapia subcutânea (quando necessária) em doentes renais crônicos. Lembrando que a doença renal crônica é dividida em graus (de I a IV) e de acordo com o grau é estabelecido um tratamento específico”, destaca a médica veterinária.

Prevenção

“Em muitos casos, não há como prevenir o problema se o gato já tem uma predisposição genética à doença renal, mas, é sempre importante manter seu felino hidratado, com alimentação de boa qualidade e de preferência sem acesso à rua para reduzir a chance de contato com doenças infecciosas e possibilidade de trauma”, alerta a médica veterinária.

Para estimular seu bichano a beber água, utilize fontes de água ou bebedouros e potes de cerâmica ou de vidro rasos e largos com água fresca até a boca em vários locais da casa.

Nunca, jamais, em nenhuma hipótese medique o animal sem orientação do médico veterinário, já que muitos medicamentos podem ser nefrotóxicos para gatos. “Também é importante evitar contato com plantas nefrotóxicas (principalmente lírios) e realizar consultas anuais (para gatos de até 7 anos) e semestrais (para gatos com mais de 7 anos) no veterinário para detecção precoce do problema”, orienta Dra. Fabiana.

Segundo a especialista, muitos gatos doentes crônicos podem demorar a manifestar estas alterações de forma clara e, por isso, as consultas periódicas do seu gato com o médico veterinário são fundamentais para poder detectar o problema mais rapidamente.

Seguindo estas orientações, seu bichano será grato a você e estará sempre bem cuidado.

Por Paula Soncela

 

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