Maritaca é o nome mais popularmente conhecido, mas esse lindo pássaro verde também é chamado de periquito-maracanã. A ave é conhecida da maioria dos brasileiros, sendo facilmente avistada e, principalmente ouvida (quem não reconhece os barulhos que elas fazem?), em cidades do interior ou bairros mais arborizados das capitais.
As maritacas têm o hábito de viver em bando e formar casais. Mas ao contrário do que muitos pensam, não necessariamente permanecem com o mesmo parceiro por toda a vida. “Pode ocorrer troca de parceiro dentro do bando. Em cativeiro pode se manter o mesmo, mas tanto em cativeiro quanto vida livre, após óbito de um dos parceiros, pode ocorrer a troca do mesmo”, afirma Erica Couto, médica veterinária, Mestre em Medicina e Bem-Estar Animal e Pós-graduação em Clínica de Animais Silvestres.
As maritacas têm penugem predominantemente verde, mas com presença em alguns casos de belos tons de azul e vermelho. Têm cerca de 30 cm em média e pesam entre 80g e 200g. Vivem em média de 20 a 30 anos em cativeiro, mas um período em geral menor na natureza, por conta de condições climáticas adversas.
Essas aves são herbívoras e, em vida livre, comem grãos, frutos e flores. “Em cativeiro deve ser oferecido ração extrusada para médio psitacídeos, verduras, legumes e frutas. É necessário evitar sementes, devido a quantidade de gordura”, afirma Erica, que é professora do Módulo de Nutrição em Animais Silvestres/Exóticos da Qualittas, Famesp, Cetac, Iman e Anclivepa-SP
Esses animais podem ser vistos quase no Brasil todo, mas não são uma exclusividade brasileira. São encontrados também a leste dos Andes, estendendo-se até o litoral, e desde a Colômbia e Venezuela até o norte da Argentina e Uruguai, incluindo parte da Amazônia.
“Como demais psitacídeo, são animais inteligentes, ativos, barulhentos – depende do ponto de vista claro!”, ressalta Erica.
