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Como um cão pode mudar a vida de uma pessoa

Nossa vida é cheia de altos e baixos, passamos por desafios todos os dias, dificuldades, mudanças e vitórias. E é o movimento dessa montanha-russa doidona que nos impulsiona a dar um passinho adiante a cada nova manhã.

Porém, tem horas que parece que a energia acaba, que o motor vai parando e necessitamos reabastecer a alma para continuar. E os tutores de animais de estimação sabem que este reabastecimento, muitas vezes, pode vir na forma de um novo mascote animalesco na família.

Pets e a psicologia humana

Ter um pet é uma experiência complexa no sentido de envolver muitos sentimentos e sensações (incrivelmente positivos) que mexem com a psique humana. Além de serem ótimas companhias, com intenções genuínas, os animais de estimação exercem muitos efeitos benéficos sobre a nossa saúde só pelo simples fato de estarem no recinto.

Em linhas gerais, diversos estudos na área de psicologia e sociologia apontam que ter um cãozinho pode ajudar a reduzir níveis de estresse, ansiedade e depressão dos tutores. Além disso, a presença de um ser canino pode motivar as pessoas a se exercitarem e entreterem mais, mesmo que seja jogando gravetos no parque ou fazendo uma leve caminhada na rua para a hora das necessidades do animal.

No caso das crianças, ter um amigo de quatro patas pode representar maior sensação de segurança e um desenvolvimento mais tranquilo, fazendo com que os pequenos aprendam desde cedo a lidar com responsabilidades e cuidados para com outro ser, aprimorando importantes habilidades para a vida social. Sem contar que crianças que convivem com cães estão menos propensas a desenvolver doenças respiratórias e outras enfermidades.

Os idosos também se beneficiam com essa relação de maneira especial, encontrando nos pets uma companhia que acaba exercendo o papel de facilitador das interações sociais. Os cães também agem como um canal simbólico para a expressão das emoções de pessoas mais retraídas.

Ou seja, não é só impressão sua que seu cãozinho te dá aquela energizada e bem-estar para seguir o rumo. Essa sensação é real e cientificamente comprovada.

Como um cão pode mudar a vida

“Seis da manhã, toca o despertador anunciando que está na hora do primeiro compromisso do dia. Finjo que não ouço e continuo enrolando na cama em vão, mas logo sinto uma patada na cara seguida de um ‘ruff-ruff’ reclamando que passou da hora de despertar”, descreve Niedia Santos, empresária e proprietária da Nimoreno Malheteria, de Ipaussu, interior de São Paulo.

Ni (apelido carinhoso de Niedia) se refere a Nick, seu Schnauzer barbudo e mais prateado que uma medalha reluzente de vice-campeão. Após uma separação conjugal e uma fase difícil na vida, a empresária decidiu ter uma cadelinha. No entanto, quando ela foi escolher uma fêmea, o “bebê” Nick a fez mudar de ideia.

“Quando cheguei, ele colocou as duas patinhas no sofá e pôs a cabeça na minha perna. Ao sair do canil, olhei para aquela bolotinha de pelo branco e disparei a chorar. Sabia que, a partir daquele momento, não podia falhar com ele pois dependeria de mim para sempre”, relembra a empresária.

“Ele convive conosco há mais de nove anos. Já moramos em Fortaleza, Sorocaba, São Paulo e ele sempre me acompanhou. Desde que surgiu, as viagens, os passeios, idas ao banheiro, chegadas e saídas de casa – e até mesmo o espaço na cama – já não são mais os mesmos. Definitivamente, as coisas mudaram, e para melhor: o amor incondicional entrou em nossas vidas”, emociona-se.

Ni conta que, apesar de Nick ser um cãozinho de personalidade muito forte e extremamente mimado, em nenhum momento houve arrependimento de tê-lo trazido para sua vida. “A felicidade que sentimos ao observar o carinho, dedicação e a demonstração de confiança que ele nos dá é imensurável. Ele veio e nos fez pessoas melhores, é um cachorrinho adorável e muito obediente. É a alegria da casa!”, celebra.

Este é só um de diversos outros casos que existem onde cães mudaram completamente para melhor a vida de seu tutor. E como não se emocionar e não querer ter todos os bichos desse mundo, né?

 

Por Paula Soncela
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