Como adquirir um réptil legalmente?

Um réptil pode ser um animal de estimação excitante e incomum. Porém, se você deseja ter um em casa, precisar ter muita atenção e cuidado na hora da compra. Estes animais precisam ter a licença adequada, e somente criadouros licenciados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para a prática de reprodução em cativeiro podem comercializar o animal.

Atualmente, há uma série de répteis que são comumente encontrados nos lares brasileiros. Os mais corriqueiros, segundo Thalita Queté, médica-veterinária especializada em animais silvestres e exóticos do Centro Veterinário Queté, são os jabutis, sendo o Jabuti-piranga (Chelonoidis carbonarius) a espécie mais encontrada. São também comuns os Tigres D’água (Trachemys dorbigni) e as Tartarugas-de-ouvido-vermelho (Trachemys scripta elegans). A Iguana-Verde (Iguana iguana) e algumas espécies de serpentes também podem virar pets, mas com menor frequência.

A pessoa interessada nestes ou em outros répteis deve entrar em contato com lojas autorizadas ou diretamente com criadores autorizados pelo IBAMA. “Comprando o animal de um criador é certeza que ele virá em boas condições de saúde, e terá a documentação de legalidade.”

Ao efetuar a compra, a pessoa recebe tanto o certificado de procedência do animal quanto a licença de posse do animal em seu nome, com os dados do animal e do tutor. Esses documentos comprovam que o animal foi adquirido de forma correta, e que a pessoa está autorizada a manter o animal em sua residência.

Todo réptil deve ser comprado já legalizado, pois não é possível fazer esse processo depois da compra. Caso contrário, o IBAMA afirmará que o réptil veio da natureza, já que os nascidos em cativeiro possuem a licença desde o seu nascimento. Portanto, fuja dos vendedores que dizem ser possível legalizar após a compra. “Nunca recomendo que compre animais vendidos em feiras livres ou lojas não autorizadas. Ao fazer isto, a pessoa está incentivando o tráfico de animais silvestres, e, na maioria das vezes, o animal adquirido desta forma está doente ou debilitado”, alerta Thalita.

Da Redação
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