Carrapatos: perigo mortal para a saúde dos cães

Mesmo quem nunca teve um cão para chamar de seu já deve ter ouvido falar das famigeradas “doenças do carrapato”. Muito comuns na clínica de pequenos animais, estas doenças são hemoparasitoses que acarretam sérios problemas à saúde dos cães e, por isso, sua prevenção é essencial.

Doenças

Os carrapatos são ectoparasitas e vetores de diversas doenças caninas, entre elas a febre maculosa, Doença de Lyme, babesiose e erliquiose, sendo estas duas últimas as mais frequentes no universo dos cães. Além de causar estas enfermidades, dependendo da magnitude da infestação do carrapato, a grande quantidade de sangue perdida pode fazer com que o animal fique debilitado e suscetível a outras doenças, o que pode até mesmo levá-lo a óbito.

Sintomas

Os principais sintomas da babesiose e da erliquiose são: febre, apatia, anorexia, letargia, depressão, palidez das mucosas, anemia, sinais de distúrbios de coagulação (epistaxes, petéquias, melena, hematúria, icterícia e hemoglobinúria), esplenomegalia (baço aumentado) e edema.

Diagnóstico

O diagnóstico destas doenças é feito baseado no histórico do animal (e o contato com carrapatos), exames físicos e laboratoriais, como hemograma e pesquisa de hematozoários, E.L.I.S.A., RIFI (reação de imunofluorescência indireta) e PCR (reação em cadeia de polimerase).

Prevenção e tratamento

Para prevenir que seu cãozinho seja acometido por estas doenças, é essencial controlar o vetor das mesmas: o carrapato. Por isso, sempre consulte o médico veterinário para orientá-lo sobre os produtos acaricidas (antipulgas e carrapatos) ambientais e de uso tópico mais eficazes para seu cão e sua casa, bem como sobre o manejo correto destes químicos.

Em caso de contaminação, o tratamento das doenças citadas acima deve ser feito com medicamento específico para cada tipo de parasita – diagnosticado por meio dos exames físicos e laboratoriais — indicado por um profissional especializado.

Lembrando que as “doenças do carrapato” possuem grande potencial zoonótico e podem ser transmitidas para os seres humanos. Portanto, é essencial prover o tratamento clínico e sanitário dos animais infectados, visando à eliminação dos ectoparasitas para diminuir também o risco de contaminação humana.

 

 

Por: Paula Saldanha
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