Cães superpoderosos: como os sentidos caninos os ajudam a entender os humanos

Eles abanam o rabo e ficam eufóricos quando chegamos em casa e imediatamente expressam tristeza quando vamos embora. De uma forma subjetiva, tutores entendem que os cães demonstram sentimentos.

De acordo com Jessica Corrá Guimaraes, médica veterinária e sócia da clínica Valle Vet, a ciência avançou bastante, especialmente no campo de comportamento animal. É importante partir do ponto que cães têm sentidos extremamente aguçados. “Comparando com os humanos, os cachorros têm muita informação para processar e identificar o que está acontecendo ao seu redor e, assim, reagir. Audição e olfato, por exemplo, são muito mais sensíveis, proporcionando uma percepção de mundo diferente da nossa. Portanto, estímulos diferentes dos nossos”, explica.

Por terem sentidos bastante aguçados, cães conseguem perceber muitas vezes o que estamos sentindo. “Algumas de nossas emoções liberam feromônios que nós não sentimos, mas os cães sentem. Por isso, muitas pessoas acreditam que os cães conseguem identificar quando há algo errado com nossas emoções”, explica Guimarães.

Outro fator capaz de fazer com que os cães sintam o que sentimos é a capacidade de leitura da nossa linguagem corporal. “É possível, por exemplo, que eles identifiquem quando sentimos medo apenas através da nossa postura ou expressão, por mais pequena que esta seja. Os cachorros são animais muito sensíveis e têm habilidades para a observação”, acrescenta.

A lealdade do seu amigo

Sobre aquele “amor incondicional” que muitos tutores falam, os cães demonstram com uma lealdade profunda. “Construir uma boa e sólida relação com o pet, oferecendo recompensas após ações positivas, dar carinho faz com que ele se sinta querido e apreciado e demonstrará isso constantemente”, explica a veterinária.

A manifestação de alegria dos cachorros está diretamente relacionada com as características de sua espécie. “Um cachorro saudável é um cachorro feliz. A forma de expressar que está contente está na brincadeira, nos saltos, linguagens corporais e sons muito espontâneos”, conclui.

 

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