Quem nunca tremeu na base quando foi ver o resultado do exame de glicemia? Você pode relutar e sofrer para fazer seu check-up, mas sabe que ele é necessário para prevenir e diagnosticar alguma doença. No mundo canino, não é diferente. Nossos amigos de quatro patas não estão livres de desenvolver doenças crônicas, como a diabetes mellitus, e por isso precisam de tanto cuidado quanto nós.
“Assim como em humanos, a diabetes mellitus em cães é uma doença que envolve fatores genéticos e fatores ambientais, que podem ser: dieta, problemas que levam a resistência insulínica, como obesidade, diestro, uso de anticoncepcionais, infecção e o uso de medicamentos à base de corticoide”, explica Vanessa Del Bianco de Bento, médica veterinária mestranda em endocrinologia, que atua no centro veterinário especializado CitVet, de Osasco, na Grande São Paulo.
Mas como descobrir se seu companheiro canino está diabético? “O diagnóstico se baseia em alterações clínicas e laboratoriais. As alterações clínicas correspondem a beber muita água (polidipsia), fazer muito xixi (poliúria), aumento exacerbado do apetite (polifagia) e perda de peso. A confirmação é feita através da mensuração da glicemia no sangue (valores iguais ou maiores que 250mg/dl) e presença de glicose na urina”, esclarece Dra. Vanessa.
Se o seu cão foi diagnosticado com diabetes, é importante que você mergulhe no tratamento com consciência e disciplina. “O tratamento é baseado em aplicações diárias de insulina (hormônio responsável por diminuir a glicose no sangue) e alimentação adequada (com maior quantidade de proteína e fibra) em horários pré -estabelecidos. A aderência e o entendimento por parte do tutor são de extrema importância para o tratamento do cão diabético”, frisa a médica veterinária.
Mesmo se o seu cachorrinho estiver sadio, vale a pena tomar alguns cuidados para prevenir que ele desenvolva a doença no futuro. “Como a diabetes mellitus tem caráter ambiental associado ao genético, é muito importante que as cadelas sejam castradas, nunca aplicar anticoncepcional, praticar exercícios, fornecer uma dieta balanceada para controle do peso e prevenção da obesidade e usar medicamentos à base de corticoide somente sob orientação médica” conclui Dra. Vanessa.