Apesar de conseguir mudar de cor e ser por vezes chamado de camaleão americano, o lagarto Anolis (Anolis carolinensis) na verdade está mais próximo da iguana do que de seus parentes africanos.
Opção popular de réptil de estimação na América do Norte, em regiões dos Estados Unidos como Texas e Flórida, tendo também sido introduzido no Havaí, Bahamas, Cuba e algumas ilhas do Japão, o Anolis consegue mudar a cor de suas escamas do marrom até o verde-esmeralda. São criaturas diurnas e, tanto fêmeas quanto machos, passam a maior parte do dia buscando comida, desde que dentro do que consideram seu território.
De proporção pequena a média, é um lagarto esguio, sendo que os machos são ligeiramente maiores do que as fêmeas. O traço característico do macho é, de fato, o papo colorido, o triplo do tamanho do papo da fêmea e com coloração avermelhada, que é exibido em momentos de disputa territóriais e de acasalamento. Da mesma forma que requerem outros tipos de répteis, o Anolis precisa de cuidados especiais para quem quer tê-lo em casa.
Um viveiro ou tanque como os aquários podem ser ideais para eles, mas é importante que possua uma cobertura, pois outros animais, como gatos, podem se interessar em usá-los como brinquedos, o que não costuma terminar bem para os lagartos. Quanto mais animais você tiver, maior deverá ser o espaço. Para um macho e quatro fêmeas, por exemplo, um bom tamanho é 90 x 60 x 30 cm. A altura é fundamental no viveiro, já que eles precisam de lugares mais altos para subir. Não é aconselhável introduzir dois machos no mesmo território, devido à natureza territorial deste tipo de réptil.
Como são animais de sangue frio, a temperatura do ambiente é crucial para seu bem-estar. De dia, o viveiro deve marcar entre 24º e 30ºC, e durante a noite, mínimo de 20ºC. A instalação de uma lâmpada de 40W deve garantir a temperatura correta para o dia e, para a noite, deve ser instalada uma luz negra e uma fonte de água no mesmo espaço para garantir a umidade do ambiente.
É necessário entender também que esse não é um pet para ser manuseado constantemente. Até é possível fazê-lo comer em sua mão, mas ele deve ir voluntariamente, já que o contrário pode fazer da experiência um momento estressante para o animal. São répteis rápidos e ágeis, por isso, também previna qualquer chance de que o Anólis escape. Pegá-lo pela cauda também não é aconselhável, já que o rabo pode partir-se do corpo. O animal consegue regenerar-se, mas a nova cauda não será tão longa quanto a original.
Mas, por que eles mudam de cor?
O curioso é que, até hoje, não se tem uma resposta definitiva para esta questão, já que não empregam este recurso da mesma maneira que os camaleões, que se mesclam com a paisagem. Estudos apontam, somente, que essa transformação tem maior ligação com a interação social entre estes animais ou situações de estresse do que proteção contra predadores. Na disputa entre dois machos, geralmente, o vencedor exibe cor verde intensa, e o perdedor, marrom.
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