A conjuntivite é uma inflamação extremamente incômoda e qualquer pessoa que já tenha pego deve se lembrar de uma recuperação difícil. Com os nossos melhores amigos não é diferente: é grave e se não for bem tratada, pode causar problemas irreversíveis.
Em cães, é geralmente secundária a algum outro distúrbio, explica Andressa Pereira, médica veterinária especializada em oftalmologia. “Pode ser consequência de alergias, deficiência lacrimal, irritação física de cílios que nascem em locais anormais e alterações em pálpebras, por exemplo. Já em gatos, pode ter uma causa primária e estar associada a problemas respiratórios”, aponta.
A conjuntivite é um distúrbio mais recorrente nos gatos do que em cães, mas o tutor deve fica atento aos sintomas para os dois animais, explica Andressa. “As pálpebras superiores ficam extremamente inflamadas e inchadas, os olhos ficam vermelhos e lacrimejando muito. Além disso, o cão passa a piscar e coçar os olhos excessivamente e tem dificuldades em abri-los”.
Causas e tratamento
De acordo com a veterinária, o ressecamento ocular é um dos principais motivos para o desenvolvimento da doença, que pode ser causado pela poluição, pela mudança do clima, ou pela síndrome do olho seco, que causa diminuição da porção aquosa da lágrima. Portanto, é muito importante garantir que os animais não tenham contato com produtos de limpeza, cosméticos, perfumes e poeira, e seja levado em consulta especializada sempre que apresentar qualquer sintoma citado.
O tratamento depende da causa da inflamação e, em todos os casos, deve ser orientado por um veterinário. “Existem colírios e pomadas específicas para o tratamento, que para ser efetivo precisa ser diagnosticado da maneira correta, além disso, é importante limpar o olho do animal com um algodão umedecido apenas com solução fisiológica, se necessário, até o atendimento. A orientação do profissional é imprescindível, pois só ele consegue avaliar a gravidade e causa da inflamação da conjuntiva e sugerir o melhor tratamento”, alerta a veterinária.
A doença é contagiosa?
Felizmente, a conjuntivite canina e felina não contamina nós humanos, mas até saber a causa do problema, é recomendada a separação do animal no início dos sintomas. “O isolamento do animal é essencial para que o outro fique protegido até descobrir a causa do problema, fazer a limpeza de cada olho com algodão diferente para evitar contaminação do outro olho e colocar o colar elizabethano, caso o pet esteja coçando a região, pois impede que ele machuque os olhos, até levar em consulta”, conclui a veterinária.