Um belo dia você encontra no seu aquário um peixinho a mais junto com os outros comprados no petshop. A explicação mais plausível é que se trata do milagre da natureza: uma fêmea deu cria depois de um processo de fecundação. O curisoso é que talvez os proprietários não soubessem que exisitia um casal em meio aos outros peixes do aquário.
A reprodução “acidental” pode acontecer nessas circunstâncias, afirma o médico-veterinário Renato Leite, sócio-proprietário da Dr.Fish – soluções em aquarismo e veterinária. Os rituais de acasalamento entre os peixes variam muito de acordo com as diferentes espécies. Leite lembra que as classes de peixes possuem inúmeras variações com características diferentes entre si.
As reproduções dos peixes são classificadas a partir dos seguintes tipos: ovíparos, animais cujos embriões se desenvolvem dentro dos ovos, eclodindo fora do corpo da mãe; vivíparos, cujos embriões se desenvolvem em uma placenta dentro do corpo da mãe e ovovivíparos, cujos embriões se desenvolvem em um ovo dentro do corpo da fêmea, os ovos eclodem dentro do oviducto na mãe e os alevinos já saem formados.
A maioria dos peixes de aquário são ovíparos, mas há exceções, como o grupo de vivíparos, destaca o médico-veterinário. Entre os ovíparos, destaca-se a espécie Oscar, um peixe monogâmico e muito comum na aquariofilia.
Aos proprietários que querem se arriscar a estimular a reprodução dos peixes, inclusive para uma atividade comercial, Leite recomenda procurar os serviços de um médico-veterinário especializado no assunto, ou um biólogo capacitado.